Ciência e Tecnologia

Conheça o mecanismo que poderia mover todo o Sistema Solar

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Recentemente, uma nova tecnologia poderia tornar possível mover uma estrela e todos os planetas em sua órbita por uma distância de 50 anos luz em “apenas” 1 milhão de anos. Assim, conheça o mecanismo que poderia mover todo o Sistema Solar.

De acordo com um astrofísico norte americano, a criação desse novo sistema de propulsão poderia ser a chave para a sobrevivência da nossa civilização. Dessa forma, em caso de uma catástrofe em proporções cósmicas, esse mecanismo poderia salvar toda a humanidade.

Como mover o sol e todos os planetas da sua órbita

De acordo com Matthew Caplan, do departamento de Física da Universidade Estadual de Illinois, nos Estados Unidos, o projeto é conhecido como Caplan Thruster. Podendo ser traduzido como “Propulsor de Caplan”, o dispositivo serviria para mover todo o Sistema Solar, desviando de potenciais perigos que viessem em nossa direção. Contudo, a tarefa pode ser mais “simples” do que parece. De acordo com a Lei da Gravitação Universal, basta mover o Sol, nossa estrela, e todos os objetos em órbita irão se mover. Dessa forma, todos os planetas também iriam junto com o Sol.

Para que isso seja possível, o segredo está na construção do “motor” de Caplan. Com a tecnologia, seria possível coletar Hélio e Hidrogênio, materiais da superfície do Sol. E tudo isso, seria realizado usando imensos campos eletromagnéticos. Em seguida, o Hélio seria queimado em reatores de fusão para gerar um jato de Oxigênio radioativo. Esse jato forneceria empuxo e o Hidrogênio seria acelerado em um feixe de partículas disparado contra o Sol. Tudo para manter o motor a um distância segura da estrela. Depois disso, seria possível “empurrá-la”, na direção desejada.

Através do sistema seria possível mover o Sol a uma distância de 50 anos-luz, em 1 milhão de anos. Contudo, pode parecer muito tempo. Mas é apenas um “piscar de olhos”, em uma escala astronômica. Além de ainda, ser mais do que o suficiente para escapar de uma supernova.

Ainda falta muito para “rebocarmos” o nosso universo

Além de mover a órbita, o propulsor iria aumentar a “vida útil” do Sol. Uma vez que as estrelas com massa menor “queimam” lentamente, ganharíamos mais alguns bilhões de anos. No entanto, um sistema como o proposto por Caplan ainda está muito além da nossa capacidade atual. Para se ter uma ideia, seria necessário uma civilização “Tipo II” na escala de desenvolvimento tecnológico de Kardashev. Dessa forma, seria necessário aproveitar toda a energia produzida pela estrela.

Conforme estimativas, a humanidade atualmente está a 70 porcento do caminho para se tornar uma civilização “Tipo I”. Com isso, ao nos tornarmos essa civilização, seremos capazes de aproveitar toda a energia disponível no planeta. De acordo com o astrofísico norte americano, Michio Kaku, poderemos atingir esse marco em um ou dois séculos. Mas de todo modo, para atingirmos o Tipo II, seriam necessários mais “alguns milhares” de anos.

Enquanto não vemos o dispositivo entrando em ação, é possível assistir um vídeo do canal  Kurzgesagt, que ilustra seu funcionamento. No vídeo, o dispositivo funcionaria como um foguete ou em outras palavras, um rebocador gigante do nosso universo. Para os curiosos, o vídeo pode ser conferido, em seguida.

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