Todos os dias, novas descobertas são feitas, e claro, dos mais variados assuntos possíveis. Dessa forma, pesquisadores estão, a todo momento, procurando por fósseis que possam mudar a forma como enxergamos a evolução das espécies. Contudo, vez ou outra, alguns itens podem ser encontrados quase que por acaso. Conheça o menino de 13 anos, que tropeçou em uma relíquia bizantina.
Atualmente, buscamos relíquias para nos ajudar a entender como funcionava a vida no passado, ou pelo menos, parte dela. Com isso, publicações milenares ou de séculos passados são raras. De fato, itens, como esse que foi encontrado, um pedaço de lápide, podem ajudar a compreender todo o estilo de uma civilização.
Recentemente, um jovem de 13 anos, conhecido como Stav Meir, morador de Cesareia, em Israel, encontrou o fragmento de uma lápide de mármore. Basicamente, a peça tem pelo menos 1.500 anos. Contudo, o surpreendente é que ele não estava em nenhum um tipo de busca pelo objeto. Mas sim, em um passeio com sua família, perto de onde moram, para colher cogumelos. Dessa forma, ninguém esperava encontrar um artefato do período bizantino.
Mesmo que o jovem Meior tivesse algum conhecimento sobre antiguidades, ele buscou a ajuda de um especialista. De acordo com o arqueólogo Peter Gendelman, responsável pela pesquisa do artefato, a relíquia de 1.500 anos de idade pertence ao período bizantino. “Reconheci imediatamente que era algo antigo”, disse Meir. “Eu posso identificar facilmente antiguidades quando as vejo”, completou o jovem. Em Israel, é comum que as crianças aprendam desde cedo, sobre arqueologia. Ou seja, isso pode ter ajudado, e muito, na descoberta.
No item, é possível identificar um texto escrito em grego, que na tradução representa o “túmulo de Anastasius” ou “túmulo de Anastasia”. Contudo, não é possível identificar as últimas letras presentes no artefato. “Já nos tempos antigos, Cesareia era um centro de atração para uma população rica. A qualidade da laje descoberta por Stav indica o status rico da pessoa sepultada, bem como os costumes e crenças dos habitantes de Cesareia, no período bizantino”, disse Peter Gendelman. Além disso, como Israel é um território ocupado pelo homem há milhares de anos, é comum encontrar objetos e artefatos históricos. “Esta inscrição se junta a uma grande coleção de inscrições de enterros descobertas anteriormente na antiga Cesareia”, completou Gendelman.
Segredos por trás da cidade onde a relíquia foi encontrada
A cidade onde a relíquia bizantina foi encontrada, Cesareia já foi bastante conhecida por seu porto. Contudo, atualmente, ela conta com poucos habitantes. Depois do feito, Stav Meir foi elogiado por Karem Said, arqueólogo do distrito de Haifa. De acordo com o arqueólogo, o jovem teve uma “boa cidadania”, na descoberta da relíquia de 1.500 anos.
Com isso, pôde colocar em prática alguns dos conhecimentos que obteve em sala de aula. “A descoberta desta inscrição enriquece o conhecimento arqueológico e nossa compreensão da antiga Cesareia. Concedemos a Stav um “Certificado de Apreciação” por sua boa cidadania e iremos a sua aula para uma aula especial sobre a descoberta que ele fez”, afirmou Karem Said.
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