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Conheça o objeto que gira mais rápido do mundo

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Dependendo de quantos anos você tem hoje, na infância, você provavelmente brincou com um pião, certo? Naquele tempo, poderíamos facilmente pensar que aquele era um dos objetos mais rápidos do mundo. E para as crianças, provavelmente era mesmo. Mas hoje, temos coisas que giram muito mais rápido do que isso, bilhões de vezes mais, para ser mais exato. Uma nova pesquisa, realizada por uma equipe da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, criou o objeto girante mais rápido do mundo. E não estamos falando de algumas rotações por minuto, mas sim, de exatas 300 bilhões de rotações por minuto. Dá para imaginar isso?

Com esse objeto, os pesquisadores bateram o seu próprio recorde. Isso porque, alguns anos atrás, eles utilizaram essa mesma tecnologia, para criar um rotor, que girava 60 bilhões de rpm. Ou seja, agora eles conseguiram se superar em cinco vezes mais. E esse é o objeto que gira mais rápido do mundo.

O objeto giratório mais rápido do mundo

O objeto em questão, na verdade, é uma nanopartícula de sílica, em forma de haltere, que fica suspenso no vácuo. Essa é a única forma de algo girar tão rápido quanto isso. Para ter uma ideia real do que isso significa, lembre-se daquelas brocas usadas por dentistas. Sim, aquelas que parecem girar tão rapidamente, mas que, na verdade, atingem apenas cerca de 500 mil rpm. Enquanto isso, o pulsar mais rápido do mundo (uma espécie de objeto celeste, que tem a maior velocidade de rotação conhecida no mundo natural) gira a meros 43 mil rpm. O objeto que temos aqui, gira cerca de 300 bilhões de rpm. Ou seja, nem se compara a esses dois.

A pergunta que fica agora é: como os pesquisadores chegaram a tamanha rapidez de rotação? Simples, a equipe usou dois lasers mirados na nanopartícula. Um deles servia para mantê-lo no lugar, e o outro para fazê-la girar.

A explicação que não é tão simples. Quando os fótons que formam o laser atingem a nanopartícula, eles exercem uma pequena quantidade de força sobre ela, o que é entendido como pressão de radiação. E quando nos referimos a ela como “pequena”, isso significa que a força é geralmente fraca demais para ter qualquer efeito perceptível. Exceto é claro, quando está em um vácuo onde quase não há ficção. Então, nesse cenários, velocidades recordes como essa podem ser alcançadas.

“Nos anos 1600, Johannes Kepler viu que as caudas dos cometas sempre se afastavam do sol por causa da pressão de radiação. Usamos a mesma coisa, mas com lasers concentrados, para levitar e girar nanopartículas”, esclareceu Tongcang Li, um dos autores do estudo.

Aplicações

No entanto, apesar de ser interessante, esse é um tipo de estudo que não é apenas para quebrar recordes mundiais. Segundo os pesquisadores, no futuro, dispositivos que utilizam dessa tecnologia, poderão ser usados para medir efeitos quânticos. Tais como a fricção do vácuo e o magnetismo em nanoescala.

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