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Conheça o projeto ”Adote um avô” que visa combater a solidão dos idosos e promover a interação

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Depois de uma vida inteira de dedicação e trabalho, a velhice deveria ser um período da vida em que as pessoas aproveitassem o descanso e recebessem carinho e atenção. Mas, infelizmente, sabemos que isso não acontece com todos os idosos. Muitos deles acabam passando os últimos anos de suas vidas na solidão. Alguns são abandonados pela própria família e outros ficam à mercê porque não tiveram filhos.

O que muita gente não sabe é que o abandono de pessoas idosas é crime, e que mesmo nos casos em que eles são levados para asilos, não se retira a responsabilidade dos familiares. E a questão do abandono vai muito além de questões financeiras, o abandono afetivo é o que mais afeta essas pessoas. E não é bem uma surpresa a quantidade de casos de depressão entre os moradores de asilos para idosos.

O projeto Adote um Avô começou como a iniciativa de um rapaz espanhol, que durante uma visita ao seu avô em um lar de idosos, viu como era a situação daqueles que nunca recebiam visitas. A ideia deu tão certo que foi adotada por vários outros países em todo o mundo, inclusive no Brasil. Embora não tenha o mesmo nome, a ideia é a mesma: promover a interação entre os idosos e pessoas dispostas a passarem um tempo com eles.

Adote um avô

Em uma visita ao seu avô, Alberto Cabanes, conheceu Bernardo, um senhor que também reside no mesmo lar de idosos. Sem filhos ou família, o idoso compartilhou com o jovem a sua história. Ele expressou a sua vontade em ter netos para que pudesse receber visitas em épocas festivas como o Natal.

A história do senhor motivou o rapaz, que teve a ideia brilhante de criar o projeto Adote um avô. A ideia da iniciativa é trazer companhia e alegria para os idosos que vivem solitários em asilos sem receber a visita de nenhum familiar. Desde o início do projeto, mais de 1000 idosos, entre homens e mulheres já foram “adotados”. São mais de 200 voluntários que assumem o papel de netos e vão frequentemente visitar essas pessoas.

O projeto começou na cidade de Madrid, na Espanha, mas teve tanto sucesso, que outras cidades do país e também de outros lugares também aderiram à ideia. “Tive a sorte de ser criado pelos meus avós e de aprender com eles valores valiosos. Ninguém merece estar só. E nos lares, há muita solidão”, disse Alberto ao site El Mundo.

Para o rapaz, estar próximo aos idosos é uma oportunidade de aprender com toda a sabedora que possuem, além de poder conhecer suas histórias. Algo que está fazendo muito bem tanto para os idosos quanto para os voluntários.

Adoção de idosos no Brasil

No Brasil, já existem projetos semelhantes de adoção de idosos. Um dos mais populares foi implementado em um lar para idosos na cidade de Marília, no interior de São Paulo. Desde que começou, o projeto melhorou significativamente a qualidade de vida dos moradores. E os casos de depressão entre os idosos diminuiu consideravelmente.

Iniciado pelo geriatra Valdeci Rigolin, que é professor de residência médica em geriatria da Faculdade de Medicina de Marília, a ideia é basicamente levar voluntário a visitar os idosos que moram no Lar São Vicente de Paulo.

O médico explica que a iniciativa se trata de uma espécie de adoção afetiva. O objetivo é que os visitantes criem vínculos de amizade e afeto com os idosos. As visitas são semanais, e cada voluntário mantem contato sempre com o mesmo idoso. Assim eles não se sentem tão sozinhos e compartilham momentos de alegria e interação.

E você, o que acha dessa iniciativa? Conhece algum projeto parecido? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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