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Conheça o único exorcista do Brasil

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Possessão, basicamente, é o domínio de algo. É o controle absoluto sobre alguma coisa ou alguém. Apesar da palavra, que vem do verbo possuir, pode ser aplicada em várias situações, ela quase sempre vem a sua mente, em um único cenário específico. Ela normalmente está associada ao exorcismo.

O exorcismo é uma experiência religiosa, que tem como finalidade expulsar demônios do corpo de alguém, ou de algum lugar. O ritual é realizado por uma pessoa devidamente autorizada, por intermédio de orações e rezas. A prática é bastante antiga, e relatos bíblicos dão créditos a Jesus, como um dos primeiros exorcistas da história.

Apesar de sempre associarmos o exorcismo com  a igreja católica, a prática é realizada desde os tempos da Mesopotâmia. Hoje em dia, com o desenvolvimento da ciência, a possessão demoníaca deixou de ser associada aos habitantes do inferno e é vista como doenças mentais passíveis de tratamento.

As sessões de exorcismo são raras, mas não quer dizer que elas não aconteçam. No Brasil, temos um padre autorizado a fazer esse ritual. Na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Brasília, está o padre Vanilson Silva. Ele é quem realiza um dos ministérios mais místicos e curiosos do catolicismo.

Padre

Vanilson é um dos que são autorizados pelo Governo Provincial e pela Arquidiocese de Brasília. Praticar o exorcismo, no Brasil, é bastante delicado e tem que ser tratado com cautela. Ele é um ritual que protege e afugenta o demônio de uma pessoa ou objeto.

O padre diz não se incomodar com acordar à noite e se sentir observado ou andar pela casa e ter certeza de estar sendo acompanhado, mas não ver ninguém.

“O meu aborrecimento é outro. Às vezes, eu queria falar de outras coisas, tocar em outro assunto, jogar conversa fora. Não existe lugar onde eu vá, que não abordem esse tema”, ressalta.

Mesmo assim, Vanilson reconhece o importante papel que ele tem dentro da igreja. Tanto que a agenda do padre é bastante cheia, com várias pessoas na fila. De acordo com o sacerdote, a maioria dos casos conseguiria ser resolvido com padres comuns. Mas as pessoas não abrem mão de ter um padre autorizado a tirar demônios junto com elas.

“É preciso escutar os familiares, ver se está em  tratamento médico, para que não seja confundido com uma doença. A  maioria pensa que está possuído, mas não está”, conta o padre.

Exorcismo

Além disso, segundo o padre, existem dois tipos de influência dos espíritos malignos, são eles: a opressão e possessão. “O mal é como uma chama, você não pode vê-lo, mas sentir a sua presença. Quanto mais perto dele, maior o calor ou a influência dele sobre você. Se o demônio entrar em uma pessoa, aí sim é possessão. Ele tem o controle de quem ele adentrar”, explica.

E a presença de um padre exorcista só é necessária quando existe, de fato, uma possessão. E elas, na realidade, são bastante raras. O padre Vanilson assumiu seu papel em 2012. Surpreendentemente, até 2015, ele tinha visto apenas dois casos comprovados.

“Em um, fomos bem sucedidos. O outro está em processo. Funciona como na Medicina: quanto mais cedo se descobre, mais fácil é a libertação”, conta.

De acordo com Vanilson, é preciso ter fé para se livrar do mal. Além também de seguir uma vida de oração, evitar ambientes que podem levar à perturbações e seguir as orientações “como se fosse atendido por um médico”.

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