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Coronavírus parecido com o COVID-19 foi encontrado em Pangolins

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Os coronavírus são uma família grande de vírus, mas só era sabido que seis deles afetavam os humanos. Com esse novo vírus, agora são sete. Um desses causa a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) que, em 2002, matou 774 pessoas, na China. O novo vírus é chamado de COVID-19.

O mundo todo está em estado de alerta. E em estado de urgência de tentar conter o mais rápido possível a pandemia. Por isso, laboratórios do mundo inteiro estão se mobilizando em busca de uma vacina eficaz contra a COVID-19. E para tentar entender um pouco mais sobre esse vírus.

Buscando o “elo perdido” no surgimento do SARS-CoV-2 foram descobertos dois primos próximos do novo coronavírus. Eles foram vistos em remessas de pangolins contrabandeados para a China.

Essa descoberta feita pelos pesquisadores da China e de Hong Kong, não quer dizer que eles identificaram que esses animais são a fonte dessa pandemia, longe disso. Mas a semelhança entre as cepas dá a entender, que o mercado desses mamíferos, na China, é uma bomba-relógio que tem que ser desativada.

Desde o começo do rastreamento do COVID-19, que mostrou sua origem em um mercado na província de Hubei, a pesquisa começou a determinar a herança do vírus. De acordo com os estudos iniciais do genoma do SARS-CoV-2, é bem possível que o vírus possa ter surgido de uma colônia de morcegos-ferradura, em Yunnan.

Se esse for o caso o difícil é imaginar como o morcego virou a fonte de infecção em uma cidade bastante povoada. E que fica a mais de mil quilômetros da sua colônia.

Animais

Os mercados, como o de Hubei, vendem vários animais vivos para a fabricação de remédios e para a alimentação, e vários desses animais vêm dos trópicos da Ásia. Mas não é claro se morcegos de qualquer espécie estavam presentes lá.

Mas um animal que é quase garantido, que estava no mercado, era o pangolim. Esse mamífero está em extinção e sua venda é valorizada. Ele é usado como uma iguaria e um tônico para a saúde.

Operações anti-contrabando conseguiram tecidos congelados de 18 pangolins no ano de 2017 e começo de 2018. Em seis das 43 amostras de órgãos, o RNA do coronavírus foi encontrado. Isso liga o vírus a cinco animais individualmente.

Usando técnicas de leitura e preenchimento de sequências perdidas, a equipe conseguiu meia dúzia de genomas detalhados das cepas do vírus do pangolim. Mas nenhum deles tinha sinais para o SARS-CoV-2. Mas sequências sobrepostas dão a entender que os vírus estavam relacionados intimamente.

Genomas

Uma outra análise foi feita com tecidos tirados de pangolins, apreendidos no fim de 2018. E os genomas mostraram mais três resultados positivos, em 12 animais. A equipe também analisou escamas de pangolim, zaragatoas e outros tecidos que não foram especificados.

A mistura desses genomas de coronavírus sequenciados deram todos 85,5 a 92,4% parecidos com o SARS-CoV-2. E eles representam duas linhas de vírus relacionados. E uma dessas linhas se parece com o COVID-19.

Esses resultados podem não ser o combate que todos estão esperando. Mas já é um alerta que todos precisamos. Por mais que não se possa prever se essas linhas de coronavírus podem ter passado para os humanos, é claro que a pandemia surgiu de um ramo dessa árvore genealógica.

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