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Correndo contra o tempo para evitar a extinção da Jaguatirica: há apenas 100 delas na América Central

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Quando se fala em extinção em massa, logo nos vem à cabeça uma situação caótica e apocalíptica. Contudo, ela pode acontecer de maneira gradual e quase imperceptível. É justamente isso que a atividade humana está fazendo com várias espécies de plantas e animais.

Seja por conta da perda de habitat, pesca excessiva e caça furtiva, ou pelo aquecimento global e pela poluição, a realidade é que as espécies estão morrendo mais rápido do que se pode compreender. Felizmente, existem pessoas que se preocupam com isso e fazem projetos de proteção e reintrodução das espécies à natureza.

Dentre todos os animais que estão em risco de desaparecer para sempre está a jaguatirica. Esse felino selvagem que habita a América Central corre o risco de extinção e para evitar que isso aconteça foi iniciado um projeto de reintrodução da espécie depois que sua população caiu para somente 100 indivíduos.

Jaguatirica

Meteored

Esse animal é menor do que a onça-pintada, tem um corpo mais fino, mas tem em comum a pelagem amarela com manchas pretas. A jaguatirica é um animal solitário e que tem hábitos noturnos. E ela caça tanto em terra como na água se alimentando de roedores, peixes e até pequenos jacarés.

Dentre os conhecidos como “pequenos felinos”, a jaguatirica é a maior. Seu habitat é o continente americano, sendo vistas no deserto de Sonora, no Arizona, e nos Andes, na Argentina.

No entanto, a maior parte vive nas florestas tropicais que ficam entre o Brasil e a Bolívia. Normalmente, essas regiões são de difícil acesso para os humanos. Justamente nesses locais que as jaguatiricas fazem seu habitat natural, já que podem caçar sem serem perturbadas e têm uma grande variedade de presas à disposição.

Projeto

Meteored

A jaguatirica foi classificada pelo “USA Fish and Wildlife Service” como uma espécie em extinção em 1982. O número de indivíduos dessa espécie caiu por conta da caça e acidentes de carro.

Agora, um projeto feito em parceria por universidades, centros de pesquisa, agências governamentais e a população quer reintroduzir a jaguatirica e aumentar sua população em, pelo menos, 200 indivíduos até 2030.

E tentando fazer com que os descendentes desse animal sejam saudáveis e tenham uma heterogeneidade genética maior do que seus progenitores, o “USA Fish & Wildlife Service“, a Universidade Duquense, o “Instituto de Pesquisa da Vida Selvagem César Kleberg” e a associação “Predator Conservation” começaram a fazer a reprodução desses animais no Texas fazendo a troca entre fazendas e zoológicos dos EUA.

Atualmente, esses animais estão no Refúgio Nacional de Vida Silvestre Laguna Atascosa, que tem o maior número de indivíduos, mas também tem muito espaço para que eles possam se reproduzir e crescer tendo um pouco de privacidade

A primeira meta desse projeto, a curto prazo, é conseguir ter pelo menos mais 100 jaguatiricas adultas no Texas até 2030. Quando isso acontecer, eles querem distribuí-las no estado nesse mesmo ano. Nesse ponto, os biólogos conservacionistas, ecologistas e botânicos trabalharão juntos para criar áreas adequadas para que essa reintrodução seja feita.

Extinção

Paracatu rural

Por mais que os animais e as plantas sejam muito diferentes entre si, o risco de extinção é uma coisa em comum de todos eles, tanto é que um novo estudo feito pelo ecologista conservacionista Haydee Hernandez-Yanez e dois colegas do Alexander Center for Applied Population Biology, no Lincoln Park Zoo, em Chicago, conseguiu identificar traços comuns entre plantas, pássaros e mamíferos com risco de extinção.

“Certas combinações de traços de história de vida e taxas demográficas podem tornar uma população mais propensa à extinção do que outras”, explicou Hernandez-Yanez.

No estudo, Hernandez-Yanez e sua equipe reuniram dados a respeito das taxas de crescimento, expectativa de vida e reprodução de 159 espécies de plantas herbáceas, árvores, mamíferos e pássaros, além de também terem verificado o status de ameaça mais atual na Lista Vermelha da IUCN, que é o principal e maior registro de espécies ameaçadas.

“Apesar de nossa amostra relativamente pequena de espécies, descobrimos que espécies com certos padrões demográficos correm mais risco de extinção do que outras, e que os preditores importantes diferem entre os grupos taxonômicos”, escreveram os pesquisadores.

“Por exemplo, os mamíferos que têm tempos de geração mais longos correm maior risco de extinção. Talvez porque quanto mais tempo as espécies levam para amadurecer e se reproduzir, mais difícil é para elas se adaptarem às rápidas mudanças ambientais. E especialmente se os animais se reproduzem apenas uma vez em sua vida. Enquanto isso, pássaros que se reproduzem com frequência e crescem rápido, de filhotes a adultos maduros, são mais vulneráveis ​​à extinção, o que foi um tanto inesperado. Porque você pode pensar que produzir muitos filhotes aumenta as chances de sobrevivência de uma espécie”, explicaram os pesquisadores.

Na semelhança entre as espécies de plantas, as herbáceas perenes de caule macio, que são do tipo que morrem antes do inverno e florescem na primavera e no verão, têm mais probabilidade de perecer se amadurecerem cedo e tiverem altas taxas de sobrevivência como mudas juvenis. Mas não se observou padrões para as árvores lenhosas ameaçadas de extinção.

Fonte: Meteored, Science Alert

Imagens: Meteored, Paracatu rural

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