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Deepfakes são um risco para as eleições americanas de 2020, dizem especialistas

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Deepfakes e vídeos manipulados são um dos fatores preocupantes em relação às próximas eleições nos Estados Unidos. E o que fazer sobre isso? Bom, essa é a pergunta que não quer calar. Tanto que a pergunta tornou-se foco de uma audiência realizada recentemente.

A audiência, intitulada “Americanos em risco: manipulação e decepção na era digital”, realizada pelo subcomitê de Defesa do Consumidor, focou na ampla gama de fraudes e manipulação online que tem ocorrido na Internet.

No evento, estiveram presentes Monika Bickert, vice-presidente de gerenciamento de políticas globais do Facebook; Joan Donovan, diretora de pesquisa da Harvard Kennedy School; Tristan Harris, diretora executiva do Center for Humane Technology; e Justin Hurwitz, professor associado da Faculdade de Direito da Universidade de Nebraska.

“Embora esses vídeos ainda sejam relativamente raros na internet, eles representam um desafio significativo. Tanto para a indústria, como para a sociedade”, disse Bickert. “Antes do ciclo eleitoral dos Estados Unidos começar, sabemos que o combate à desinformação, incluindo deepfakes, é nossa maior prioridade”.

Deepfakes

A audiência levantou diversas questões, em relação ao tema. A principal, nesse ínterim, as crescentes repercussões que os deepfakes e outros materiais manipulados estão ocasionando. Afinal, tais recursos podem ser utilizados para influenciar as eleições presidenciais americanas de 2020, que ocorrerão em novembro.

Para quem não se lembra, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, foi uma das recentes vítimas de deepfakes. Na época, Zuckerberg aparece em um vídeo, gabando-se de controlar dados pessoais. Além do CEO do Facebook, outra vítima que merece destaque aqui é Barack Obama. O ex-presidente dos Estados Unidos também apareceu em um vídeo, no qual divulgava informações enganosas.

As manipulações não param por aí. No ano passado, um vídeo de Nancy Pelosi foi alterado, para fazer o orador democrata parecer embriagado, durante uma entrevista. O vídeo, que foi alterado sem o auxílio da inteligência artificial, rapidamente se tornou viral nas mídias sociais.

Mídias manipuladas

Os vídeos fazem parte de um problema maior: padrões escuros. O termo é usado para descrever como as plataformas podem induzir os usuários a assistir mais vídeos, ler mais conteúdo ou até comprar itens específicos. Tudo isso com base em algoritmos aprimorados, que antecipam os interesses dos usuários.

Enquanto o marketing tradicional há muito tempo usa técnicas de persuasão sutil para convencer os consumidores a comprar coisas, a Internet nos envolve nesses padrões de uma maneira poderosa e inescapável, disse ele.

A plataformas de mídia social, como um todo, até o momento não assumiu posições consistentes em relação aos deepfakes e outros conteúdos alterados. Por exemplo, o YouTube removeu o vídeo Pelosi, enquanto o Twitter o deixou. O Facebook expandiu suas regras sobre deepfakes , impedindo os usuários de publicá-las. As regras, no entanto, não banem os vídeos editados ou manipulados.

A tecnologia Deepfake usa inteligência artificial para fabricar imagens fotorrealistas de pessoas reais. O software, a cada ano que passa, está se tornando mais sofisticado. Hoje, com apenas uma única foto é possível produzir um deepfake.

“Nossa abordagem, agora, é dar às pessoas mais informações. Assim, se houver algo estranho, elas saberão como avaliar”, disse Bickert. O fato é que até o momento as leis ou ações regulatórias que poderiam conter a disseminação de informações erradas são poucas.

No momento, acredita-se que, antes das eleições americanas acontecerem, uma auditoria dos conteúdos midiáticos seja a melhor opção.

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