Ciência e Tecnologia

Depois de quase 10 anos, abelha-carpinteira-azul é reencontrada na natureza

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Descrita pela primeira vez em 2011, muitos pesquisadores não tinham certeza se a abelha-carpinteira-azul, de fato, existia. Isso porque, haviam poucos registros do animal e ele somente teria sido visto na Flórida, nos Estados Unidos. Contudo, quase 10 depois, a abelha-carpinteira-azul foi reencontrada na natureza e ela é simplesmente linda!

Depois de tanto tempo à sua procura, a espécie foi localizada em uma área de 25 quilômetros quadrados, com animais encontrados em quatro locais distintos. Desse modo, o animal raríssimo somente poderia ser encontrado em matagais de pinheiros, no Lago Wales, no centro da Flórida. Porém, agora, um pesquisador descobriu que a espécie também pode ser em encontrada em outro ambiente.

Encontrada em uma região com uma biodiversidade extremamente rica

Por conta da incrível descoberta, o pesquisador de pós-doutorado Chase Kimmel e o seu consultor, Jaret Daniels, diretor do Centro McGuire para Lepidópteros e Biodiversidade do Museu de História Natural da Flórida, estão desenvolvendo um projeto de pesquisa de dois anos, em que será estudada a população e distribuição da abelha-carpinteiro-azul. “Eu estava aberto à possibilidade de não encontrarmos a abelha, de modo que o primeiro momento em que a vimos no campo foi realmente emocionante”, disse Kimmel.

De acordo com os pesquisadores, acredita-se que a espécie vive apenas na região de Lake Waler Ridge. Contudo, essa é uma informação que faz bastante sentido, já que a região é uma das mais ricas em biodiversidade do mundo. Entretanto, também é preciso lembrar que esse é um dos ecossistemas que mais diminui nos Estados Unidos. Além disso, as espécies raríssimas fazem parte da história geológica da Flórida. Por isso, o cuidado para sua preservação precisa ser redobrado.

Por muito tempo, boa parte do estado da Flórida esteve submerso. Dessa forma, suas áreas de dunas funcionavam como ilhas isoladas, proporcionando habitats únicos para a fauna e flora. Com isso, surgiram diversas espécies de animais e plantas diferenciados. Assim, entre eles, podemos citar a abelha-carpinteira-azul.

Uma pesquisa que ainda tem muito para ser estudado

Dentro de seu trabalho, Kimmel tinha como objetivo principal encontrar a abelha. Agora que a encontrou em três dos quatro locais onde ela já havia sido localizada anteriormente, o pesquisador sente que seu trabalho ainda está longe de terminar. Assim, a ideia é buscá-la em novos locais. “Estamos tentando preencher muitas lacunas que não eram conhecidas anteriormente”, disse Kimmel. “Isso mostra o quão pouco sabemos sobre a comunidade de insetos e como há muitas descobertas legais que ainda podem ocorrer”, completou.

Sabemos que a abelha-carpinteiro-azul é solitária. Desse modo, ela cria seus ninhos de modo individual ao invés de fazer colmeias como outras espécies de abelhas. No entanto, nenhum desses ninhos foi encontrado. Talvez isso aconteça pelo fato dela ser do gênero Osmia, que utiliza tocas existentes no solo, caules ocos e buracos em árvores mortas como ninhos.

Assim, para confirmar a teoria, a equipe envolvida na pesquisa deixou 42 caixas que poderiam ser utilizadas como ninho, em locais habitados pela abelha. No entanto, por mais que a pesquisa pudesse estar no caminho certo, o trabalho foi interrompido pela pandemia de Covid-19. Com isso, ficamos na expectativa de saber mais sobre a abelha-carpinteira-azul e esperamos que a pesquisa retorne assim que possível.

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