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Descoberta científica acaba com tudo o que se sabia sobre a formação da Terra

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De acordo com um novo estudo conduzido pela Western University – de Ontario, no Canadá – provando que a Terra e diversos outros corpos planetários formados nos anos iniciais de nosso Sistema Solar compartilham origens químicas similares. O estudo contraria o conhecimento que os cientistas acreditaram por décadas no que diz respeito à formação de nosso planeta. A pesquisa foi divulgada na publicação científica Nature. 

O estudo foi conduzido pela pesquisadora Audrey Bouvier, membro do Canada Research Chair em pesquisas de materiais planetários e professora de cosmoquímica no Departamento de Ciências da Terra, em parceria com Maud Boyet, especialista em magmas e vulcão da Universidade Blaise Pascal, na França.

Atualmente, existem duas teorias sobre a formação dos planetas no Sistema Solar. A primeira delas – e também a mais aceita – trabalha com a hipótese da formação dos planetas como a Terra, mas tem problemas quando abrange os planetas maiores. A segunda, apesar de menos aceita, considera melhor a origem desses planetas maiores.

Teoria vigente

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De acordo com a teoria mais aceita pela ciência atualmente, um colapso gravitacional teria causado a união de pequenas partículas em corpos maiores, até que planetas pequenos, como a Terra, foram formados. Como os ventos solares aplicariam menos impacto em elementos mais distantes do sol, alguns planetas foram formados como corpos gasosos, ao invés de blocos de terra ou pedra.

Primeiramente, teria sido o formado o núcleo rochoso da Terra, com a colisão de elementos pesados que se fundiam em razão da atração gravitacional. Como os materiais mais densos se concentravam no centro, párticulas menores teriam sido responsáveis por formar a crosta terrestre. Nesse período o campo magnético do planeta teria surgido e alguns elementos ainda menores foram atraídos pela gravidade, formando as primeiras versões da atmosfera.

Um processo semelhante teria ajudado a formar cometas, asteroides e outros planetas e satélites, como a Lua.

Novas informações

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Com os dados coletados por meio de processos avançados, a dupla de cientistas foi capaz de mostrar que a Terra e outros elementos espaciais compartilham níveis iniciais iguais de neodímio-142 (142Nd). O elemento é um dos sete isótipos encontrados no neodímio, comum nas camadas da crosta terrestre.

Uma pequena variação no nível do 142Nd já havia sido encontrada em 2015, entre condritos. Os condritos são meteoritos rochosos considerados essenciais na formação da Terra. Os resultados foram inicialmente interpretados como diferenciação das formações interiores de nosso planeta com os condritos dos primeiros 30 milhões de anos da história.

Agora, os novos resultados mostram que, na verdade, essas diferenças já estavam presentes durante o início da formação da Terra, e não apareceram depois. “Como a Terra foi formada e o tipo de materiais planetários que estavam nessa formação são problemas que provocaram gerações de cientistas”, explica Bouvier.

A cientista ainda acrescenta que as novas medições são capazes de oferecer respostas empolgantes sobre a formação da Terra em seus estágios primitivos, o que pode ajudar a entender porque o planeta é especial.

Por meio das medições, a dupla de pesquisadoras conseguiu deduzir que as variações indicam que o Sistema Solar não foi tão uniforme durante o seu início. Assim, os materiais que formaram as primeiras gerações de estrelas acabaram sendo incorporados aos blocos rochosos que ajudaram a formar os planetas.

Pode parecer complicado para a maioria de nós, mas para a ciência a informação é revolucionária. O novo conhecimento pode ajudar a desvendar peculariades da Terra e de sua formação, respondendo questões que os especialistas nunca conseguiram desvendar anteriormente.

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