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DNA espacial nos olhos das corujas pode ser uma lente que carrega a visão noturna

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A maioria dos seres humanos tem cinco sentidos. Sentidos que nos ajudam a perceber o mundo ao nosso redor. Desses cinco, inclusive, a visão certamente é um dos mais utilizados e determinantes na nossa percepção das coisas.

Os olhos compõem um dos órgãos mais importantes dos seres vivos. São eles que nos proporcionam o vislumbre de tudo aquilo que nos cerca. Além dos seres humanos, o sentido também é essencial para diversas outras espécies do reino animal.

As corujas, por exemplo, são um dos raros predadores com asas que pegam suas presas à noite. De acordo com novas pesquisas, existe uma coisa especial na forma como as moléculas de DNA, nos olhos desses animais, são empacotadas. Isso faz com que elas tenham uma vantagem poderosa no escuro.

Visão

O novo estudo propõe que, através do processo de seleção natural, o DNA das células da retina das corujas pode ter sido montado de uma maneira específica para que ela atue como uma espécie de lente ou intensificador da visão. Com isso, ela melhora a visão desses animais durante a noite.

Esse característica nunca foi vista antes nos pássaros. O que sugere que as corujas foram as únicas que foram por esse caminho evolutivo, pelo menos, entre os pássaros.

“No ramo ancestral das corujas encontramos traços de seleção positiva na evolução de genes funcionalmente relacionados à percepção visual, especialmente à fototransdução e ao empacotamento de cromossomos”, escreveram os pesquisadores.

Para fazer seu estudo, a equipe analisou os genomas de 20 espécies diferentes de pássaros, incluindo 11 corujas. Eles foram identificando onde a seleção positiva aconteceu e onde as mutações benéficas foram mantidas por gerações.

Assim como eles esperavam, muitas dessas coisas aconteceram nas áreas da percepção sensorial. E é por conta disso, que as corujas conseguem ouvir e nem ver tão bem.

Corujas

Além disso, os pesquisadores também descobriram sinais de evolução acelerada em 32 genes, que foram mais surpreendentes. Os genes estavam ligados ao empacotamento de DNA e à condensação cromossômica. Isso seria como se a estrutura das moléculas, dentro dos olhos das corujas, tivesse se adaptado para conseguir capturar mais luz.

Uma mudança parecida nesse arranjo da molécula de DNA nas células foi observado antes nos primatas noturnos. E de acordo com modelos de computador dessa estrutura molecular, eles também podem canalizar luz.

Entretanto esse não é o único recurso evolutivo que as corujas tem para conseguir se locomover e caçar na escuridão. Elas também tem retinas cheias de células de bastonetes para terem uma visão noturna melhor. E isso também as ajudaria na captura de presas.

Por mais que essas afirmações ainda sejam hipotéticas elas são bastante intrigantes. Essa comparação dos genomas também apoia a ideia de que as corujas evoluíram de um ancestral que era diurno. Já que as maiores mudanças que foram observadas na sua genética estão relacionadas ao aprimoramento das habilidades de caça noturna.

Evolução

Os pesquisadores também encontraram genes que eram diferentes dos ancestrais das corujas e que potencialmente melhoraram sua audição e visão noturna e deixaram as penas macias para serem silenciosas ao voarem.

Se essas descobertas forem comprovadas, até as moléculas de DNA parecem estar aumentando a capacidade excelente da visão noturna das corujas.

No entanto, os autores dizem que os papéis propostos para os genes são apenas sugestões no momento. “Nosso estudo sugere novos genes candidatos cujo papel na evolução das corujas pode ser mais explorado”, concluem.

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