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Documentos vazados apontam que o Tik Tok tentou reduzir o alcance de pessoas ‘feias’

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Se você utiliza internet com uma certa frequência, muito provavelmente, você já deve ter ouvido falar sobre o Tik Tok. Ele é a plataforma de mídia mais popular do mundo neste momento. Mas assim como toda nova rede social que surge, as pessoas ainda estão na dúvida, se essa é apenas uma coisa passageira. Ou se, de fato, a plataforma terá força para permanecer relevante.

O Tik Tok é uma rede social de compartilhamento de vídeos curtos. Os usuários da rede podem criar e postar vídeos de 15 segundos. Em 2018, a empresa chinesa criadora do Tik Tok, ByteDance, assumiu o controle da Musical.ly. E depois, conseguiu incorporar os usuários para o novo aplicativo, no caso o Tik Tok.

A rede social já tinha sido alvo de uma disputa política, com relação aos perigos que ela representava para a segurança dos EUA, já que seu dono é chinês. Mas agora, o TikTok está recebendo críticas com relação às suas políticas de moderação de conteúdo.

De acordo com uma reportagem do Intercept, as políticas da rede limitavam, ou proibiam totalmente, a exposição de usuários indesejáveis, como por exemplo, aqueles que eram considerados fisicamente pouco atraentes ou então pessoas com pouco dinheiro.

Restrições

No documento, vazado pelo site, características como “formato corporal anormal”, “gordinho”, “obeso” ou “muito magro”, falta de dentes, presença de “cicatrizes faciais”, pessoas mais velhas “com muitas rugas” e até mesmo aqueles que tenham problemas como nanismo ou gigantismo, teriam seu conteúdo limitado.

Pessoas com essas características dificilmente apareceriam na seção “For You” do aplicativo, onde usuários podem ver sugestões de pessoas para seguir. E traduzido do próprio aplicativo, esses vídeos “não valem a pena ser recomendados para novos usuários”.

O mesmo documento faz mais orientações, além de características físicas. Ele orienta que os moderadores desvalorizem os vídeos, que forem gravados em lugares “feios ou em ruínas”. Como por exemplo, em favelas ou campos rurais. E se isso não puder ser identificado logo de cara, desvalorizar os que são gravados em lugares bagunçados, com rachaduras nas paredes ou com decoração velha.

Esse não foi o primeiro vazamento de documentos e vertentes envolvendo o aplicativo. No mês passado, documentos vazados diziam que o TikTok discriminava não apenas as pessoas feias, mas também as que tivessem sobrepeso ou alguma deficiência.

Alcance

O que essa rede social está fazendo, é tentando aumentar seu número de usuários e manipular seu conteúdo. E deixar à mostra aquilo que, na visão dos desenvolvedores da rede, inspire mais as pessoas.

Depois do vazamento, um representante do TikTok disse ao Intercept, que essas políticas discriminatórias já não estão mais em uso na rede e que algumas nunca chegaram a ter sido implementadas. Ele disse ainda que a limitação do alcance dessas pessoas tinha como objetivo diminuir ou impedir o bullying.

Além dessas políticas, o aplicativo também tem outras, que dizem respeito a agenda política do seu país de origem, no caso, a China. Uma coisa que é proibida no TikTok a transmissão ao vivo da rede não pode ser usada para filmar atividades policiais, ou “incitar a subversão do poder do Estado” e “destruição da unidade nacional”.

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