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Drones estão sendo enviados para os vulcões para fins científicos

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Drones foram uma das tecnologias que chegaram mudando a perspectiva que vemos das coisas, literalmente. Com esses veículos aéreos não tripulados, é possível explorar os céus, filmar paisagens, estudar relevos, fazer a filmagem de uma festa ou casamento tudo isso sem perder nenhum detalhe e com uma qualidade incrível.

Todos os dias, a tecnologia tem avanços incríveis. Sempre surgem novas ideias e métodos de se fazer coisas do cotidiano. Todas com um grande impacto na vida das pessoas, com total poder de transformar o modo de viver. E um drone é uma dessas inovações tecnológicas.

A tecnologia veio com uma promessa de muitas mudanças para o futuro podendo ser útil nas mais diversas ocasiões. Na Terra existem cerca de 300 vulcões ativos, e um desafio sempre foi como monitorá-los a tempo de enviar um alerta antes que eles entrem em erupção.

E medir as emissões de gases vulcânicos não é uma tarefa fácil. Felizmente, os pesquisadores encontraram uma forma. Eles projetaram drones especialmente adaptados para ajudar a coletar dados de um vulcão ativo em Papua Nova Guiné (PNG).

Os drones podem ajudar as comunidades a monitorarem os vulcões próximos delas e prever futuras erupções. Além disso, as medições feitas por eles podem revelar mais a respeito dos vulcões que são mais inacessíveis e altamente ativos. Como por exemplo, aqueles que contribuem para o ciclo global do carbono.

Vulcões

O vulcão Manam está em uma ilha de apenas 10 quilômetros de largura que fica na costa nordeste de PNG. Nessa ilha moram nove mil pessoas. E esse vulcão é conhecido como um dos mais ativos do país. Em 2004, ele entrou em erupção e forçou todos da ilha a evacuarem. Essa erupção devastou as plantações e casas dos habitantes.

Existem algumas formas que os cientistas usam para prever quando uma erupção vai acontecer. Eles podem monitorar a atividade de terremotos para conseguir detectar tremores que, quase sempre, vem antes das erupções acontecerem. Podem também procurar protuberâncias nas paredes inclinadas do vulcão a medida que o magma se acumula embaixo.

Além disso, quando o céu está limpo, os satélites conseguem detectar e medir rapidamente as emissões vulcânicas de gases, como por exemplo, o dióxido de enxofre. E as mudanças nessas emissões podem ser um indicativo de mais atividade no vulcão.

“Manam não foi estudado em detalhes, mas pudemos ver pelos dados de satélite que estava produzindo fortes emissões”, disse a vulcanologista Emma Liu, da University College London, que liderou a equipe de pesquisa de cientistas da terra e engenheiros aeroespaciais.

“Nós também queríamos quantificar as emissões de carbono desse grande emissor de dióxido de carbono”, acrescentou o geoquímico Tobias Fischer, da Universidade do Novo México.

Medições

A equipe internacional viajou para PNG e começou a testar dois tipos de drones de longo alcance que estavam equipados com sensores de gás, câmeras e outros dispositivos. Eles fizeram isso em duas campanhas de campo em outubro de 2018 e maio de 2019.

As encostas do vulcão fazem com que ele seja extremamente perigoso até para coletar amostras  de gás a pé.  Já os  drones poderiam voar em segurança direto para as plumas, ajudando a equipe a medir as emissões de gases vulcânicos com uma precisão maior.

Os drones voaram mais de dois mil metros de altura nas plumas vulcânicas bastante turbulentas de Manam. Eles foram até seis quilômetros de distância da sua plataforma de lançamento.

Observação

As imagens aéreas dos sobrevoos dos drones mostraram que a desgaseificação na cratera ao sul do vulcão ficou mais intensa entre outubro de 2018 e maio de 2019. E logo, o vulcão entrou em erupção em junho, somente um mês depois da segunda viagem  de campo dos pesquisadores.

E integrando as medições que eles fizeram com os drones com dados de satélites, os pesquisadores mostraram que Manam está entre os 10 maiores vulcões de desgaseificação do mundo. Ele emite aproximadamente 3.700 toneladas de CO2 e cerca de 5.100 toneladas de SO2 por dia.

“Nossa nova abordagem, isto é, operações de longo alcance e alta altitude, os drones, que permitem medições in situ é atualmente o único meio viável pelo qual podemos caracterizar a química do gás em vulcões íngremes, perigosos e altamente ativos como Manam”, concluíram os pesquisadores.

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