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É por isso que os cérebros dos psicopatas são diferentes

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Por muito tempo, houve uma crença absoluta de que os psicopatas são seres sem coração, e que a causa da sua psicopatia sempre está ligada ao lado emocional dessas pessoas. Mas um estudo recente encontrou uma fonte para esse problema, e não parece ter nada a ver com os instintos emocionais.

No geral, lidar com um psicopata não é uma tarefa simples. A psicopatia nessas pessoas, torna a comunicação, confusa, e incrivelmente complicada. No entanto, a psicopatia não deve ser um sinônimo direto do mal, perigo ou violência. Isso porque existe uma diferença crucial no cérebro dos psicopatas, com a qual você pode se relacionar mais do que imagina.

Se esse estudo estiver realmente certo, a psicopatia não está necessariamente ligada a problemas emocionais, mas sim a uma questão mais clara, uma simples diferença no cérebro dessas pessoas. A forma pela qual os seus cérebros se diferem dos não-psicopatas é facilmente identificada. Isso porque psicopatas tendem a supervalorizar recompensas imediatas.

O cérebro dos psicopatas

É fácil criar uma imagem sobre os psicopatas como pessoas perigosas e horríveis. De fato, muitos deles fizeram coisas realmente horríveis. Mas, na verdade, há uma forma bem clara pela qual os cérebros dessas pessoas são diferentes do cérebro das não-psicopatas. Pessoas com esse transtorno de personalidade tendem a supervalorizar recompensas imediatas. E mesmo que o seu cérebro possa considerar as consequências futuras de suas ações precipitadas, o cérebro dos psicopatas é ligado de uma forma que não considera repercussões. Essa descoberta foi feita por um estudo, publicado em 2017.

“Durante anos, estamos focados na ideia de que psicopatas são pessoas que não conseguem gerar emoções e é por isso que fazem todas essas coisas terríveis”, disse Joshua Buckholtz, autor do estudo e também professor de psicologia em Harvard.

“Mas o que nos preocupa com os psicopatas não são os sentimentos que eles têm ou não, são as escolhas que eles fazem. Os psicopatas cometem uma quantidade impressionante de crimes. E esses crimes são devastadores para as vítimas e são astronomicamente caros para a sociedade como um todo. Embora os psicopatas sejam frequentemente retratados como predadores de sangue frio, quase alienígenas, temos demonstrado que seus déficits emocionais podem não ser, na verdade, o principal fator dessas más escolhas”, explica Buckholtz.

O estudo

Nesse estudo, Buckholtz e sua equipe levaram 49 reclusos para um teste de gratificação atrasado. Assim, eles estudaram seus exames cerebrais enquanto tomavam decisões. O teste oferecia duas opções aos reclusos. A primeira era receber uma quantidade menor de dinheiro imediatamente. Já a segunda era receber uma quantidade maior de dinheiro, porém, depois.

O que os pesquisadores descobriram foi que as pessoas, que obtiveram alta pontuação em psicopatia, mostraram mais atividades em uma região do cérebro chamada estriado ventral. Essa região é conhecida por estar envolvida na avaliação de recompensas subjetivas. Eles descobriram que aqueles com altos índices de psicopatia tinham conexões mais fracas no cérebro entre o estriado ventral e outras partes do cérebros envolvidas na tomada de decisões. Ou seja, essa conexão fraca torna mais difícil prever as consequências de suas ações imediatas.

O intuito de Buckholtz, com esse estudo, é acabar com a imagem dos psicopatas como seres sem coração. E ele acredita que esses resultados provam isso. “Eles não são alienígenas, são pessoas que tomam decisões ruins”, disse ele. “O mesmo tipo de tomada de decisões impulsivas e míopes que vemos em indivíduos psicopatas também foi observada em comedores compulsivos e usuários de drogas. Se pudermos colocar isso de volta no domínio da análise científica rigorosa, podemos ver que os psicopatas não são desumanos. Eles são exatamente o que você esperaria de seres humanos que têm esse tipo específico de disfunção da fiação cerebral”.

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