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E se empresas pagassem pela poluição que causam na Terra?

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Apenas 100 empresas foram a fonte de mais de 70% das emissões mundiais de gases do efeito estufa desde 1988. Esses prejuízos, entretanto, são frequentemente anulados como “externalidades” e não são contabilizados no resultado final. E sabe o que é pior? O custo para a economia global. Cerca de US $ 4,7 trilhões por ano são usados em dispêndios sociais e médicos. Isso mesmo que você leu: por ano. Mas vamos imaginar a seguinte hipótese: e se empresas pagassem pela poluição que causam na Terra? Elas ainda obteriam lucro? O que deveriam fazer para que esta realidade fosse possível? Qual a estratégia ideal?

O relatório constatou que mais da metade das emissões industriais desde 1988 – ano em que foi estabelecido o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima – pode ser atribuída a apenas 25 entidades corporativas e estatais. A escala de emissões históricas associadas a esses produtores de combustível fóssil é grande o suficiente para ter contribuído de forma significativa às mudanças climáticas. O estado é grave e, por isso, está na hora de reverter o quadro catastrófico antes que seja tarde demais.

Você polui? Você paga

Com os efeitos da mudança climática, cada vez mais países estão implementando políticas pró-natureza. O princípio do poluidor-pagador, por exemplo, refere-se basicamente ao que as empresas têm que pagar para consertar os danos ambientais que causaram.

Contudo, isso não está acontecendo. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA admite que certos padrões ambientais não são totalmente implementados na legislação nacional. Se as empresas estão pagando por sua poluição, esses pagamentos são provavelmente subsidiados. De fato, em 2015, as maiores empresas de combustíveis fósseis do mundo receberam um total de US$ 5,3 trilhões em subsídios.

“Os custos não pagos da indústria moderna incluem o colapso das abelhas que afeta a polinização global e os enormes efeitos à saúde da desregulação endócrina da indústria química de hidrocarbonetos. Além, é claro, o aquecimento global que impactará a humanidade e toda a natureza no futuro”, escreve o cofundador do Greenpeace International, Rex Weyler.

Imergindo na hipótese

Em 2008, o impacto ambiental das empresas foi de US $ 2,2 trilhões de dólares. Esse é um valor mais alto do que qualquer economia nacional, com exceção de 10 países. Por isso, dois anos depois, as Nações Unidas decidiram apoiar um estudo que investigava quanto custaria às empresas se pagassem pela sua poluição.

E se empresas pagassem pela poluição que causam na Terra? Em suma, eles perderiam um terço de seus lucros. Mas isso seria uma coisa ruim? No começo, talvez. O custo da maioria dos produtos aumentaria, já que as empresas tentariam recuperar suas perdas alavancando os preços. Mas, no espírito da competição, elas provavelmente tentariam conquistar participação no mercado. Como? Inovando, adotando estratégias mais ecológicas e reduzindo seus preços.

Na prática

Algumas empresas, inclusive, já lançaram iniciativas para reduzir o consumo de carbono. Por exemplo: Apple, Facebook, Google e Ikea estão entre as 156 empresas que se comprometeram a utilizar 100% de energia renovável. Até mesmo empresas de petróleo e gás como a Shell estão se voltando para a energia verde. O anúncio da Shell sobre investimento de US$ 1,7 bilhão em energia eólica é um exemplo evidente disso.

Mas não vamos ser tão inocentes assim, não é? É claro que isso ocorreu depois das descobertas recentes de que as empresas de combustíveis fósseis correm o risco de desperdiçar mais de 2 trilhões de dólares em projetos não-ecológicos.

E se empresas pagassem pela poluição que causam na Terra? Imaginou a hipótese? Você acha que isso seria possível na atual conjuntura em que vivemos? Não esqueça de deixar o seu comentário e contribuir com o nosso conteúdo. A Fatos Desconhecidos só se torna conhecida quando você participa conosco.

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