Ciência e Tecnologia

Ele mentiu para si mesmo, construiu uma empresa bilionária e acabou na prisão pro resto da vida

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Se você perguntasse para a família do jovem Ross William Ulbricht, ninguém diria que ele era um verdadeiro rei do crime. Para eles, o rapaz não passava de alguém muito brilhante e inteligente que não tinha problemas com a lei. Se você perguntasse para o FBI, no entanto, as coisas seriam bem diferentes. Principalmente a partir de 2011, quando ele passou a investir num negócio bem arriscado.

Depois de dois anos de julgamento, Ulbricht foi condenado a passar o resto da vida na prisão em maio de 2015. Ele foi condenado por sete crimes diferentes, incluindo tráfico de drogas na internet, administração de uma empresa criminosa e lavagem de dinheiro. Ulbricht também chegou a ser acusado de encomendar a morte de mais de uma pessoa, mas a acusação foi retirada durante os julgamentos.

A vida de Ulbricht foi contada num livro que tenta revelar as motivações e a história real por trás das motivações do jovem que acabou fundando um dos maiores impérios da ilegalidade online. Por meio do site Silk Road, Ulbricht permitia que as pessoas vendesse me comprassem todo tipo de objetos e serviços ilegais.

Apesar do autor do livro, Nick Bilton, não ter conversado diretamente com Ulbricht, ele utilizou registros detalhados sobre o caso e algumas entrevistas com pessoas chave envolvidas no processo e na vida do homem que era conhecido na internet como Dread Pirate Roberts (Pirata do Medo Roberts, em tradução livre).

Bilton pinta a imagem de Ulbricht como um idealista libertário que se convenceu que estava ajudando a sociedade a partir de suas ações criminosas. Em sua forma de liderar o site Silk Road, ele costumava deixar isso bem claro ao tentar motivar funcionários.

“Não é direito do governo dizer o que as pessoas podem ou não podem colocar em seus corpos”, declarou em um dos documentos do caso.

Sob o codinome de pirata, Ulbricht acreditava que vendendo drogas de forma tão fácil e direta, o governo poderia ser obrigado a legalizá-las em algum ponto. “Vamos deixar o mercado decidir, não o governo”, teria declarado.

Em sua missão, contratou pessoas que acreditavam na mesma coisa. Mesmo quando o site passou a lidar com pessoas que vendiam coisas que iam além de drogas, como armas e partes de corpos humanos, ele ainda defendia seu ponto de vista. Por outro lado, nem todos os empregados concordavam com a nobreza da missão, já que agiam como traficantes, no fim das contas.

Quando começou o serviço, Ulbricht aprendeu sozinho a programar, o que acabou causando alguns erros de segurança. Com o crescimento do site, ele passou a ser alvo constante de hackers. Além disso, precisou lidar com vários problemas no relacionamento com os clientes, principalmente quando tentou implementar um sistema que mudaria a cobrança no site.

Os problemas são comuns em várias empresas que estão vivendo seus primeiros dias, mas aqui as coisas eram diferentes. Isso porque Silk Road não era uma empresa comum, mas sim uma do mercado negro.

Com o tempo, Silk Road cresceu tanto que foi estimado em $1,2 bilhão, o que também começou a deixar as coisas complicadas. Ele acabou sendo condenado pela justiça a passar a vida na prisão, sem a possibilidade de fiança.

Durante todo o tempo em que administrou o site, Ulbricht chegou e mudar em vários lugares e se apresentar por vários nomes diferentes, sempre tentando escapar da polícia. Na maior parte do tempo estava utilizando seu computador para cuidar dos negócios, utilizando conexões Wi-Fi em restaurantes em cafés.

Em 2013, ele acabou preso ainda que sua família não suspeitasse de nada. No fim das contas, Ulbricht chegou a dizer que se arrependia de algumas coisas que defendeu durante a carreira no site. Mesmo assim, conseguiu criar um negócio bilionário, porém no mundo do crime, o que lhe garantiu apenas o resto da vida dentro de uma prisão.

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