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Em apenas 1 tentativa, homem abre cofre que estava trancado há 40 anos em museu

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O mundo é basicamente dividido em duas partes. Uma com as pessoas que têm sorte e outra com as completamente azaradas. Você com certeza se identifica de cara com um dos dois lados. Existem aqueles que nunca conseguem ganhar nada, nem mesmo no jogo de par ou ímpar. Quando saem de casa é perigoso passarem uma vergonha daquelas em público e ainda perderem coisas diariamente. Essas são as pessoas que não conseguem encontrar sorte na vida e vivem de uma forma um tanto quanto constrangedora.

Por outro lado, existem aqueles que possuem sorte em tudo que vão fazer. Se precisarem de um táxi, terão um “à sua espera” quando colocarem os pés fora de casa. Jogos? Ganham todos. Conseguem sempre aquelas pessoas de quem estão afim e várias outras coisas. Até mesmo as coisas simples de um dia comum, acabam se tornando motivo de comemoração.

E uma dessas pessoas sortudas na vida é Stephen Mills. O canadense estava junto com sua família visitando o Museu do Patrimônio Vermilion e então resolveu tentar a combinação para abrir um cofre exposto. Seu intuito era apenas diversão.

O próprio museu, que fica na província de Alberta, já tinha tentado abrir o cofre várias vezes mas sem nunca ser bem sucedido. Desde o final dos anos 1970 que o cofre não era aberto. O museu fica em um antigo prédio feito de tijolos e tem artefatos sobre a história de Vermilion, que é uma cidade com um pouco mais de quatro mil pessoas.

“Quando vamos acampar todos os verões, aprendemos que cada cidade pequena, não importa onde você vá, tem algo a oferecer”, disse Mills. E por isso, ele e a família foram até o museu e tiveram um tour feito pelo voluntário Tom Kibblewhite.

Uma das peças em exposição era o cofre, que tinha sido do Brunswick Hotel da cidade. O mesmo foi inaugurado em 1906. E é acreditado que o cofre tenha sido comprado em 1907. O artefato foi doado para o museu no começo dos anos 1990, quando o hotel mudou de lugar e passou por uma renovação.

Segundo Mills, quando ele e sua família viram o cofre, eles ficaram intrigados com seu enigma.

Abertura

Tentar abrir o cofre, já era um trabalho que durava bastante tempo. O museu até contratou especialistas para decifrarem o código. Vários tentaram combinações padronizadas e até mesmo entraram em contato com os antigos funcionários do hotel na busca por uma ajuda.

Mas nada disso tinha funcionado e o cofre continuava fechado. E assim como a família Mills, vários outros visitantes também tentavam abrir o cofre colocando a combinação que achavam que era a certa. E todos sem sucesso.

“Eu disse ao guia: é uma cápsula do tempo maluca. Você nem sabe o que tem dentro dela”, contou Mills.

O homem viu que os números iam de zero a 60 e resolveu tentar a combinação 20-40-60. “Combinação típica de bloqueio. Três vezes no sentido horário 20, duas vezes no sentido anti-horário 40, uma vez no sentido horário 60. Tentei e foi”, explicou.

Segundo Mills, era possível ver que o cofre não havia sido aberto já há um tempo por causa da quantidade de poeira que caiu quando o mesmo quando ele se abriu. O voluntário, que estava fazendo o tour com a família, disse que foi emocionante quando viu a porta se abrindo.

Conteúdo

Era de se esperar que um cofre fechado há tanto tempo tivesse algum tesouro, mas infelizmente não tinha nenhum. Dentro dele tinha uma folha de pagamento antiga e parte de um bloco de pedidos de restaurante do final dos anos 1970.

Entre os papéis, estavam recibos para um hambúrguer de cogumelos por 1,50 dólar e um pacote de cigarro de um dólar. “Eles não têm valor algum, mas são de grande interesse para nós. Isso nos dá uma ideia de como eram os lugares em 1977, 1978”, disse Kibblewhite.

Acerto

Segundo Jeffrey Rosenthal, da Universidade de Toronto, e autor do livro Knock on wood: sorte, acaso e o significado de tudo, as chances de Mills acertar a combinação eram bastante pequenas. Pelos cálculos, as chances eram de uma em 216 mil.

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