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Entenda como assistir filmes sobre crimes pode te deixar mais violento

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Muito das produções, que caíram no gosto popular, contam a história de serial killers e assassinos sanguinários. Desse modo, há quem diga que assistir filmes sobre crimes pode te deixar mais violento. Mas será que isso é mesmo verdade?

Em todo o mundo, pessoas consomem, cada vez mais, filmes e séries sobre crimes violentos. Desse modo, pode ser difícil entender o que nos faz gostar desse tipo de material tão “sinistro”. De toda forma, esse tipo de conteúdo não para de crescer e ele pode estar te influenciando sem que você perceba.

É da natureza humana ir atrás desse tipo de crime

Para se ter uma ideia, existe toda uma comunidade na internet que se dedica e isso: a True Crime Community (TCC). Essas são pessoas que têm curiosidades sobres casos violentos e querem entender mais sobre o assunto. E acredite, isso é mais normal do que se imagina. “Tentar entender as coisas é algo natural do ser humano, e casos violentos, principalmente os mais peculiares, despertam interesse porque são diferentes”, afirmou André Vilela, especialista do Núcleo de Estudos de Violência da Universidade de São Paulo (USP). “Ficar sabendo da existência de um crime, tentar investigá-lo e buscar uma resposta é algo natural”, completou. Mas já que esse comportamento é normal, quando ele começa a sair do controle?

Em muitos casos, as pessoas idolatram e até se declaram fãs de serial killer como Ted Bundy. Ao longo de sua vida, Ted Bundy, matou ao menos 36 mulheres, durante os anos 1970. Contudo, hoje, ele é conhecido por ter sido interpretado pelo ator Zac Efron, no filme “Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal”. Além de perdoar os crimes cometidos, há uma grande número de “fã-clubes” dedicados aos mais diversos assassinos.

Pessoas que se identificam com a forma de pensar assassinos

Nesses casos, “muitos jovens da comunidade simpatizam com atiradores em massa porque se identificam com sua mentalidade. E isso pode ser realmente assustador”, escreveu Mckenzie Hillstrom, autora de um blog dedicado às vítimas de crimes violentos. Assim, por mais que se tenha cautela na publicação de materiais sobre assassinos, eles se tornaram cada vez mais comuns. Recentemente, o filme “Coringa” trouxe esse debate de volta. E, claro, não foi exagero. Para se ter uma ideia, a polícia norte americana precisou redobrar a segurança em sessões, por conta da ameaça de atos violentos acontecerem.

Ainda assim, estar exposto à violência não resulta em crimes. No entanto, o que pode acontece é um tipo de “contaminação cultural” para pessoas pré-dispostas a cometer esse tipo de ato. “Nenhuma pessoa que não tenha propensão à violência vai assistir um filme e fazer algo ruim”, defende Guilherme Spadini, psiquiatra e psicoterapeuta formado pela USP. Portanto, o que leva uma pessoa assim a a cometer essas atrocidades não pode ser determinado por um único motivo ou característica de sua personalidade. Por isso, tantas pessoas consideram fascinante a ideia de entender o que se passa em mentes criminosas. Enquanto isso, ainda estamos tentando entender como a mente uma é influenciada por meio de estudos, livros, televisão, internet, entre outras formas de recebermos a informação.

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