Ciência e Tecnologia

Entenda como esse tubarão de duas cabeças foi criado na Espanha

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Pode parecer história de filme de terror. Ou ainda, a experiência de algum cientista maluco. No entanto, essa história é real. Na Espanha, um tubarão de duas cabeças foi criado em laboratório. De fato, o “peixão” não é nenhum fruto de ficção científica, mas surgiu em forma de embrião, em um laboratório da Universidade de Málaga, na Espanha.

Esse chama a atenção pela peculiaridade que, inclusive, espantou os próprios pesquisadores. Afinal, ninguém esperava encontrar dois cérebros no peixe estudado. Contudo, o filhote incomum pode nos ensinar mais sobre ciência, do que podemos imaginar.

“O Ataque do Tubarão de Duas Cabeças”

Na Espanha, pesquisadores descobriram um embrião, extremamente raro, vindo de um embrião de tubarão de duas cabeças. Dessa forma, essa é a primeira vez que um embrião, que põe ovos, cresce em laboratório, pelo menos, até onde eles sabem. Contudo, já houve relatos de tubarões de duas cabeças, mas todos pertenciam a espécies que dão a luz a animais vivos. Nesse caso, ao contrário do filme “O Ataque do Tubarão de Duas Cabeças” (2-Headed Shark Attack, 2012), esse caso pode nos ensinar mais do que fazer um filme exemplar “ruim”.

De acordo com os pesquisadores, o embrião do tubarão era da espécie de um tubarão-gato, (Galeus atlanticus), que foi coletado em um estudo da Universidade de Málaga, na Espanha. Entretanto, dos 797 embriões coletados para o estudo sobre sistemas cardiovasculares, um era diferente. De fato, ele era muito mais diferente dos demais, ele possuía duas cabeças. Registrando esse como um caso único de dicefalia.

Cada uma das cabeças possuía uma boca, dois olhos, um cérebro, um medula espinhal e cinco branquias de cada lado. Além disso, o corpo também tinha dois corações, dois estômagos e dois fígados. Contudo, os embriões compartilhavam apenas um intestino e um único conjunto de rins e órgãos reprodutivos. “Não é claro se as duas cabeças o impediriam de nadar e capturar presas, nem se seus órgãos internos funcionariam adequadamente”, afirmou Michelle Heupel, uma pesquisadora do Instituto Australiano de Ciência Marinha.

Duas cabeças e apenas um corpo

Essa não é a primeira vez, que um tubarão de duas cabeças foi visto. Mas em todos os casos já documentados, as espécies marinhas davam à luz a animais vivos. Enquanto aqui, o tubarão-gato é a primeira espécie de tubarão de postura a exibir a dicefalia.

Este espécime, em particular, foi sacrificado e preservado. Tudo para que os pesquisadores pudessem estudá-lo por mais tempo. Em todos os casos, é muito difícil que o filhote sobrevivesse por muito tempo. Na natureza, a condição é raramente encontrada. E ainda não está claro o motivo pelo qual essa condição é extremamente rara. De todo modo, acredita-se que o principal suspeito a ser o causador da dicefalia, seja a própria genética, e não a poluição, como alguns podem sugerir.

Não está claro se a causa da dicefalia difere-se entre os tubarões que nascem vivos ou dos que põe ovos. Mas de toda forma, se espera que uma investigação mais profunda desse embrião, possa trazer mais respostas ao caso. E claro, ajudar a entender melhor esse fenômeno tão raro.

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