Ciência e Tecnologia

Entenda como o aumento do nível do mar pode deixar você sem internet

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A vida de algumas pessoas parece parar quando a internet cai. Já imaginou ficar sem acessar suas redes sociais? Ou deixar de assistir suas séries favoritas? Imaginar um mundo sem as inúmeras possibilidades que a conexão com a internet traz, parece um verdadeiro pesadelo. Para sustentar a internet, que hoje, basicamente, atinge todos os aspectos de nossas vidas, uma grande infraestrutura física se faz necessária.

Cabos de fibra ótica, estações de transferência de dados e estações de energia são algumas das coisas que possibilitam que a magia da internet aconteça. Porém, uma pesquisa recente mostrou que grande parte de toda essa infraestrutura pode estar ameaçada devido ao aumento do nível dos mares.

Foi mapeada toda a infraestrutura de internet nos Estados Unidos. E então, os dados foram comparados com os mapas que mostravam o futuro aumento do nível do mar. O que os pesquisadores descobriram os deixou impressionados. Em cerca de 15 anos, milhares de quilômetros de cabos de fibra ótica, entre outras importantes partes da infraestruturas, podem ser engolidas pelas águas.

E, embora muitas partes dessas estruturas sejam resistentes à água, elas não foram projetadas para serem mantidas sob a água. “Grande parte da infraestrutura que está sendo implantada fica bem ao lado da costa, por isso não é preciso mais do que alguns centímetros de elevação do nível do mar para que ela fique debaixo d’água”, disse Paul Barford, da Universidade de Wisconsin, em Madison, e coautor do estudo. “Tudo foi implantado há 20 anos, quando ninguém estava pensando no fato de que o nível do mar poderia subir”.

“Isso será um grande problema”, disse Rae Zimmerman, especialista em adaptação urbana à mudança climática, da Universidade de Nova York. Segundo Zimmerman, grande parte da infraestrutura de internet logo mais “estará debaixo d’água, a menos que sejam transferidas muito rapidamente”.

As estruturas físicas de internet no país, segundo os pesquisadores, foram montadas “um pouco ao acaso” nas últimas décadas. Elas eram implementadas à medida que a demanda por internet aumentava. Tais estruturas foram montadas ao lado de linhas de transmissão, estradas ou grandes infraestruturas. Porém, a localização precisa de todos esses equipamentos é mantida em sigilo pelas empresas de telecomunicação a quem pertencem.

Expirando conexões

Barford passou alguns anos buscando informações a respeito da localização desses componentes e mapeando os resultados. Junto de seu aluno, Ramakrishnan Durairajan, descobriu que as infraestruturas ficavam muito próximas às regiões costeiras.

No entanto, eles apenas se atentaram em relação aos riscos depois que Carol Barford, cientista climática da Universidade de Wisconsin, observou os mapas. Carol os alertou a respeito do aumento dos níveis do mar. Um fato que vem aumentando ao longo dos últimos cem anos e que afeta muito as áreas na beira do mar.

Assim, os pesquisadores tiveram um vislumbre de como todas essas estruturas podem estar submersas em muito pouco tempo. Cidades como Nova York, Miami e Seattle, até 2030, podem experienciar um aumento de até 30 centímetros. O que já seria suficiente para colocar cerca de 20% da infraestrutura de internet dessas cidades debaixo d’água.

Além do mais, existem tão poucas ações em relação as questões climáticas que é basicamente inevitável que os mares cresçam nesse período de tempo. “Considerando como tudo está interconectado hoje em dia, proteger a internet é crucial”, diz Mikhail Chester, do Laboratório de Infraestrutura Resiliente da Universidade do Arizona.

“Vivemos em um mundo projetado para um ambiente que já não existe mais”, disse Rich Sorkin, cofundador da Jupiter Intelligence, empresa que analisa os riscos das mudanças climáticas.

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