Ciência e Tecnologia

Entenda como os smartphones têm ajudado a salvar o planeta

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Para muitas pessoas, os smartphones são um verdadeiro vilão. Ao mesmo tempo que têm mudado a nossa vida para melhor, eles também trazem algumas consequências negativas. Estudos recentes já sugerem que o uso excessivo desses dispositivos contribui para problemas de saúde e até mesmo mutações físicas. Mas tudo na vida vem com um ônus e um bônus. Nem tudo é ruim, por incrível que pareça, os smartphones também têm ajudado a salvar o planeta.

Com a chegada dos smartphones, aumentou também o consumo de matéria-prima rara. Para se ter uma ideia, para fabricar um aparelho desses, é preciso metal, plástico, vidro e outros recursos naturais. Alguns deles raros. O cobalto mesmo é minerado à mão, e muitas vezes, a mão de obra para fazer esse trabalho vem de crianças de países pobres, como a República do Congo. Muita gente reclama da obsolescência programada desses aparelhos e do desejo desenfreado dos consumidores de trocarem de aparelho a cada novo modelo lançado, o que usa cada vez mais esses recursos. Alguns deles não são renováveis.

Mas você já ouviu falar sobre desmaterialização? Parece um pouco incoerente relacionar esse termo com os smartphones, já que eles representam um dos produtos materiais mais essenciais nos dias de hoje. Mas nesse caso, devido às suas inúmeras funções, reunidas em um único aparelho, houve uma queda considerável no consumo de outros produtos que também usam esses recursos em sua fabricação. Ou seja, os smartphones contribuíram para uma desmaterialização do nosso consumo.

Os smartphones

Além de todos os recursos usados na fabricação desses aparelhos, os smartphones também demandam muita eletricidade para funcionar. Para se ter uma noção, um smartphone usado intensamente pode consumir a mesma quantidade de eletricidade em um ano que uma geladeira.

Mas como aponta o escritor e radialista aposentado, Steve Cichon, nos anos de 1990, quando ainda não existiam esses aparelhos inteligentes, nós precisávamos de dezenas de outros aparelhos eletrônicos. Hoje, os celulares conseguem fazer diversas coisas que antes eram feitas por outros eletrônicos. Por exemplo, lanternas, despertadores, câmeras fotográficas, calculadoras, gravadores de áudio, GPS etc. Hoje, temos isso tudo em um único dispositivo.

É nessa parte que entra a ajuda desses aparelhos ao planeta. Com o surgimento deles, consequentemente, deixamos de produzir e consumir todos esses aparelhos eletrônicos que também usam os mesmos recursos naturais e energia. Imagine quantos desses objetos não deixaram de ser fabricados nos últimos 12 anos desde a popularização dos smartphones.

Essa ideia de desmaterialização do consumo não é decorrente do surgimento desses dispositivos. Ela foi descrita pela primeira vez no século XX, na década de 1920 por R. Buckminster Fuller.

Desmaterialização do consumo

E esse fenômeno não vem acontecendo apenas com os smartphones, é possível ver isso acontecendo em várias outras áreas. Na agricultura, por exemplo, o uso da tecnologia tem tornado mais eficiente a irrigação, o uso de fertilizantes e pesticidas, sem contar nas técnicas de plantio e colheita.

A energia elétrica de fábricas tem sido melhor aproveitada graças ao uso de sensores e em razão do aprendizado de máquinas. Embalagens de produtos têm sido desenvolvidas de forma a gastar menos material. Inclusive, construções de casas e prédios têm usado menos material do que há alguns anos atrás.

Esse tipo de inovação tecnológica demanda uma grande quantidade de eletricidade para ser produzida. Mas, ao mesmo tempo, também economiza energia para o futuro. A ideia é que, a longo prazo, essa economia possa ser vista em grande escala.

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