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Entenda porque a ameba ”comedora de cérebro” é tão perigosa

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Infecções por Naegleria fowleri, ou como é mais conhecida, ‘ameba comedora de cérebro’, são extremamente raras. Inversamente proporcional é o seu poder mortal. O risco de morte, de uma pessoa contaminada com a bactéria, é de cerca de 97%. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas 146 casos foram relatados. Entretanto, apenas 4 pessoas sobreviveram à infecção.

Recentemente, um homem de 59 anos de idade, no estado da Carolina do Norte, no país norte americano, se tornou a primeira pessoa a morrer da infecção neste ano. Ele contraiu a ameba depois de nadar em um lago de um parque aquático.

Esta ameba costuma habitar em águas mornas e doces, se alimentando de bactérias no sedimento. Assim, a maioria das infecções, que já foram relatadas nos Estados Unidos, ocorreram nos estados do sul do país, como o Texas e a Flórida. Especialmente durante o verão. A infecção costuma acontecer quando as pessoas estão nadando, e o sedimento do lago se mistura à água, podendo então entrar pelo nariz.

A N. fowleri então invade os nervos olfativos e migra para o cérebro, causando uma perigosa condição, chamada meningoencefalite amebiana primária. O cérebro é úmido e quente. Justamente como os lagos e fontes termais, onde esta ameba costuma habitar. Por não ter bactérias para se alimentar, a N. fowleri ataca então as células cerebrais em busca de nutrientes.

Inimigo microscópico

Nosso organismo então responde a este ataque enviando células de defesa para o local, o que causa inflamação e inchaço cerebral. Um cérebro inchado, dentro de uma estrutura rígida, como o crânio, causa diversos problemas. O aumento da pressão craniana perturba as conexões do cérebro com a medula espinhal. O que pode vir a comprometer a comunicação com diversas partes do corpo, como o sistema respiratório.

Os sintomas da infecção costumam aparecer entre dois dias até duas semanas após o contágio. Alguns dos sintomas primários são dores de cabeça, febre, náuseas e vômito. Além de uma mudança no sentido do olfato ou paladar. A progressão da doença é rápida através do sistema nervoso central. Produzindo rigidez do pescoço, confusão, alucinações, perda do equilíbrio, fadiga e convulsões. As pessoas costumar chegar a óbito entre cinco e sete dias, após o início dos sintomas.

E há algumas razões pelas quais a N. fowleri é tão mortal. O parasita leva a uma rápida e irreversível destruição do tecido cerebral. Além do mais, os sintomas iniciais são facilmente confundidos com outras doenças menos graves. O que pode acarretar na perda de um valioso tempo de tratamento. E para piorar toda a situação, não existem testes rápidos para realizar o diagnóstico para identificar a ameba. Alguns pacientes também costumam ser atacados por meningite viral ou bacteriana.

A falta de medicamentos com eficácia comprovada, para tratar a ameba, também é um outro grande problema. Por se tratar de uma doença rara, muito poucas pequisas estão sendo conduzidas em relação a meningoencefalite amebiana primária. O que torna os avanços e técnicas de combate a doença tão raros quanto a própria. Portanto, a precaução é ainda a maior arma contra esse parasita.

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