Curiosidades

Entenda porque estar mais conectado às tecnologias pode significar menos felicidade

0

Muitos de nós podemos ter esse sentimento. Mas por nunca ter pensado a fundo ou ter buscado mais informações, acabamos deixando isso de lado e seguindo em frente. No entanto, pode ser que tenhamos comprovado que estar mais conectado às tecnologias, significa bem menos ter felicidade.

De acordo com a jornalista espanhola, Marta Peirano, autora do livro El enemigo conoce el sistema (O inimigo conhece o sistema, em tradução livre), tudo isso esconde, na verdade, algo nada trivial. Todos os dias, acontece um sequestro rotineiro de nossos cérebros, energia, horas de sono e, até mesmo, de nossas possibilidades de amar. Tudo por conta do que ela mesmo chama de “economia da atenção”, movida por tecnologias como o celular.

Olhando para a tecnologia com um olhar crítico

Nesse ciclo, os poderosos do sistema se enriquecem e contam com os melhores cérebro do mundo trabalhando para aumentar os lucros enquanto entregamos tudo a eles. “Há um usuário novo, uma notícia nova, um novo recurso. Alguém fez algo, publicou algo, enviou uma foto de algo, rotulou algo. Você tem cinco mensagens, vinte curtidas, doze comentários, oito retweets“, escreve Marta. Depois tudo se repete e se torna um ciclo vicioso, mas o preço a se pagar é alto. “O preço de qualquer coisa é a quantidade de vida que você oferece em troca”, continua a jornalista.

Desde os anos 1990, quando descobriu a cena dos hackers em Madri, até hoje, ela não parou de enxergar a tecnologia com um olhar crítico e reflexivo. Desse modo, seu livro narra, desde o início libertário da revolução digital, até seu caminho para uma “ditadura em potencial”.

Assim, esse cenário avança aos trancos e barrancos, sem que percebamos muito. “A economia da atenção, ou do capitalismo de vigilância, ganha dinheiro, chamando nossa atenção. É um modelo de negócios, que depende que instalemos seus aplicativos, para que eles tenham um posto de vigilância em nossas vidas. Pode ser uma TV inteligente, um celular no bolso, uma caixinha de som de última geração, uma assinatura da Netflix ou da Apple”, explicou Marta. Tudo para que você os use, pelo maior tempo possível e permaneça conectado às tecnologias. Afinal, é assim que você gera dados, que os fazem ganhar dinheiro.

O que podemos fazer para mudar isso?

Se não deixamos nossos filhos beberam Coca-Cola e comer balas, porque sabemos que o açúcar em excesso é prejudicial, porque damos telas para que fiquem entretidos? “Na psicologia de condicionamento, há o condicionamento de intervalo variável, no qual você não sabe o que vai acontecer. Você abre o Twitter e não sabe se vai retuitar algo ou se vai se tornar a rainha da sua galera pelos próximos 20 minutos. Não sabendo se receberá um recompensa, uma punição, ou nada, você fica viciado mais rapidamente”, explica Peirano.

Por isso, nós continuamos tentando e sempre acessando esses mecanismos. Quanto menos padrão houver, mais o seu cérebro ficará preso e continuará. No final das contas, somos como ratinhos em uma caixinha. Por isso, a conscientização é o primeiro passo lidarmos melhor com essa situação. Pode parecer que essas ferramentas estão lá para nos ajudar, “mas o objetivo deles não é esse. Eles não foram projetados para isso, mas para sugar nossos dados, nos manipular e vender coisas. Eles nos exploram e, além disso, somos cada vez menos felizes e menos produtivos, porque somos viciados” e conectado às tecnologias.

Entenda como os romanos conseguiram construir Vezena sobre lama e água, 15 séculos atrás

Artigo anterior

Imagem revela novos personagens em Boruto

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido