Ciência e Tecnologia

Entenda porque o número 137 é ”mágico”

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De acordo com o físico Richard Feynman (1918-1988), existem muitas coisas que especialistas, incluindo os físicos, não sabiam. Uma dessas coisas, que ele apontou com bastante frequência a seus colegas, era o misterioso número 137. Ele dizia que o número era um dos “maiores mistérios da física: um número mágico que nos chega sem entendimento pelo homem”.

Tal número mágico é chamado de constante de estrutura fina, e é uma constante fundamental, com um valor igual a 1/37. Ou 1/137.03599913, mais precisamente. Ele é representado pela letra grega alfa – α. O alfa é considerado o melhor exemplo de um número puro. Ele não precisa de unidades.

Segundo o que explicou o físico e astrobiólogo, Paul Davies, à revista Cosmos, na verdade, ele combina três constantes da natureza. A velocidade da luz, a carga elétrica transportada por um elétron e a constante de Planck. Costumeiramente aparecendo na interseção de áreas-chave da física, como a relatividade, electromagnetismo e mecânica quântica. O que desperta todo fascínio em volta dele.

Para Laurence Eaves, físico e professor, da Universidade de Nottingham, o número 137 seria um número que ele indicaria aos alienígenas. Isso para mostrar a eles que temos, ao menos, um pouco de domínio sobre a Terra, e que entendemos de mecânica quântica. De acordo com ele, muito provavelmente, os alienígenas teriam noção do que esse número significa. Especialmente, se eles tiverem domínio de ciências avançadas.

Outros físicos e cientistas também eram obcecados pelo número. Um bom exemplo foi o ganhador do Prêmio Nobel, Wolfgang Pauli (1900-1958). O físico passou sua vida em busca de compreende-lo. “Quando eu morrer, minha primeira pergunta ao Diabo será: Qual é o significado da constante de estrutura fina?”, brincou ele.

Constante de estrutura fina

Em 13 de dezembro de 1946, Pauli, durante sua palestra no Nobel em Estocolmo, fez uma clara referência `s constante de estrutura fina. Segundo ele, uma teoria seria necessária para caracterizar o valor da constante. E, assim, “explicar a estrutura atomística da eletricidade, que é uma qualidade tão essencial de todas as fontes atômicas de campos elétricos que realmente ocorrem na natureza”.

O número pode ser utilizado para medir a interação de partículas carregadas, como os elétrons com campos eletromagnéticos. O alfa pode terminar com a mesma rapidez que um átomo, sendo estimulado, pode emitir um fóton. O que também afeta os detalhes da luz emitida pelos átomos.

Foi observado pelos cientistas um padrão de mudanças na luz que originavam de átomos. O que foi chamado de ‘estrutura fina’. Enfim, o que resultou ao nome da constante. Tal ‘estrutura fina’ foi percebida na luz do sol e na luz vinda de algumas outras estrelas.

O número também foi observado em outras situações. O que fez cientistas e pesquisadores se perguntarem o porquê. Desde a década de 1880, o número já foi visto em vários cálculos da física. Estimulando inúmeras tentativas de criarem uma Grande Teoria Unificada, incorporando a tal constante.

Entretanto, até o momento, nenhuma explicação foi eficiente. Em suma, alguns pesquisas recentes sugeriram a possibilidade de que a constante aumentou nos últimos seis bilhões de anos. Mesmo que apenas ligeiramente.

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