História

Entenda porque o Rei Mitrídates VI tomava doses diárias de veneno

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Ao longo da história, descobrimos que algumas pessoas podem fazer de tudo, para impedir a chegada da morte. No entanto, algumas atitudes podem assustar mesmo os mais precavidos. Afinal, por que o Rei Mitrídates VI tomava doses diárias de veneno?

Se todo remédio é um veneno, não seria também o veneno um remédio? Com medo de seguir os passos de seu pai, que foi envenenando, o Rei Mitrídates adotou a estratégia para adquirir imunidade. No entanto, esse método foi o responsável por uma grande reviravolta, em sua vida.

Um rei à prova de envenenamentos

Durante o período de 120 a.C. até 63 a.C., Mitrídates VI foi governante do antigo reino de Ponto. Entretanto, sua posse não foi das mais festivas. Uma vez que ele teria se tornado rei, depois que seu pai, Mitrídates V, foi envenenado por um agente desconhecido, uma paranoia com relação à morte por envenenamento foi criada. Dessa forma, depois desse jantar luxuoso da cidade de Sinope, ele nunca mais foi o mesmo.

Para assegurar que nunca compartilharia do mesmo destino de seu pai, Mitrídates VI passou, anos e anos, tomando doses sub-letais de todos os venenos mais comuns. Tudo para que sua imunidade fosse aumentada. Contudo, o que se esperava, de fato, aconteceu. Ele ficou completamente imune a eles.

Com seu plano de expansão territorial, ele pôde proporcionar grandes momentos de prosperidade ao seu povo. Uma vez que já havia conquistado toda a Ásia Menor e o controle quase completo do Mar Negro, não faltava muito para seu plano. Contudo, ainda havia algo que poderia estragar os seus planos. Conforme o Império Romano avançava para o Mediterrâneo oriental, um confronto entre os dois era inevitável.

Todo reinado chega ao seu fim

Mitrídates VI acabou sendo derrotado pelo general romano, Pompeu Magno, e foi forçado a fugir para suas outras terras no norte do Mar Negro. Mas sem se intimidar, ele tentou formar um grande exército. Mas seus métodos de recrutamento eram consideraram muito “draconianos”, com códigos rígidos e que exigiam uma obediência severa. Dessa forma, esse métodos levaram a uma rebelião local, que ameaçava acabar com o reinado de Mitrídates.

Por fim, Mitrídates VI foi derrotado no conflito. Com seus 70 anos de idade, ele estava desesperado e sem nenhuma outra alternativa. Com isso, ele decidiu que teria o caminho mais digno para alguém da época e, como era de costume, cometeria o suicídio. Entretanto, o método escolhido seria o envenenamento.

Segundo os historiadores gregos, Apiano da Alexandria e Dião Cássio, Mitrídates VI demonstrou, de fato, ser imune a qualquer tipo de veneno. Dessa forma, mesmo tendo ingerido diversas doses de veneno, nenhuma delas teve o efeito esperado em sua vida. Justamente em seu leito de morte, a imunidade que teria adquirido acabou por evitar o seu fim. Vendo assim, essa até parece uma “brincadeira de mal gosto” que a vida pregou na história rei.

Com isso, existem dois relatos diferentes para como ele, de fato, morreu. De acordo com Apiano, Mitrídates VI entregou uma espada para um soldado gaulês. E seguindo ordens, ele o matou. Contudo, de acordo com Dião Cássio, ele mesmo tentou se matar com uma espada. Mas estava muito velho e fraco, por isso, acabou falhando. Assim, seu fim teria sido encontrado nas mãos dos rebeldes. E por conta dessa incrível reviravolta do homem que temia ser morto por envenenamento, ele ficou conhecido como o “Rei do Veneno”. Além de ainda ter inspirado a criação da primeira vacina.

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