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Entenda porque uma parte do fundo do mar está se dissolvendo

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Cientistas descobriram que os mesmos gases que causam o efeito estufa podem dissolver o fundo dos oceanos. Em um estudo publicado no Proceedings of National Academy of Sciences, os pesquisadores expõem que além do aquecimento global, esses mesmos agentes poderiam fazer com que, em algumas regiões, o fundo dos oceanos derretessem mais rápido.

Os oceanos absorvem o carbono da atmosfera que acidifica a água. Ao chegar ao fundo, onde a pressão é maior, a água acidificada reage com o carbonato de cálcio dos restos mortais de criaturas onde o carbono é neutralizado, o que forma então o bicarbonato.

A dissolução do fundo dos mares

Por muito tempo, essa maneira se mostrou muito efetiva quanto ao armazenamento de carbono, de modo que a química dos oceanos não fosse prejudicada. Entretanto, devido ao extremo consumo de combustíveis fósseis, temos gerado muito mais carbono do que o comum para as águas marinhas.

Até 48% do excesso de carbono que foi despejado na atmosfera pelos seres humano foram absorvidos pelos oceanos, segundo a NASA. O que significa que 525 bilhões de toneladas de dióxido de carbono e carbonato de cálcio foram “jogados” no mar. Tudo isso representa a dissolução mais rápida do carbonato de cálcio do fundo dos oceanos.

Os pesquisadores, a fim de compreender a velocidade que a ação do homem está acerelado a dissolução do carbonato de cálcio em sedimentos do fundo do mar, eles compararam dados atuais com os coletados a época da revolução industrial. E os resultados são ambíguos. Ou seja, temos boas e más noticias para lhes dar.

Resultados ambíguos

A boa notícia é que as taxas de dissolução de carbonato de cálcio, antes e depois da revolução industrial na maioria das áreas dos oceanos, não se mostraram tão significativas. Porém, há alguns pontos onde as emissões de carbono estão causando verdadeiro estrago. Segundo a pesquisa, no Atlântico Norte ocidental, entre 40% e 100% do carbono dissolvido é de responsabilidade do carbono antropogênico.

Em certos pontos no Oceano Índico e no Atlântico Sul, as taxas de dissolução aceleraram. Outra ameaça devido a acidificação dos oceanos é a morte de corais e de criaturas marinhas como mexilhões e ostras. Sem falar no prejuízo, que os cientistas ainda não conseguem apurar, para as espécies que vivem no fundo dos mares.

Em eventos de acidificação dos mares no passado, como o que acorreu há cerca de 252 milhões de anos, 90% da vida marinha foi extinta. O que não nos traz uma perspectiva muito boa sobre o nosso futuro. No futuro, os geólogos poderão perceber as mudanças climáticas causadas pelo homem nas rochas que formam o leito oceânico hoje em dia.

O período em que vivemos até mesmo já foi apelidado de Antropoceno, o definindo como o ponto da história em que as atividades humanas passaram a comandar o meio ambiente.

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