Neste domingo (12), um homem invadiu uma boate gay em Orlando, na Flórida, e matou aproximadamente 50 pessoas depois de disparar tiros no local. Além dos mortos, ao menos outros 53 ficaram feridos depois do atentado dentro da boate.
Segundo as autoridades norte-americanas, este é o maior ataque a tiros em massa da história do país, e as motivações do crime ainda precisam ser investigadas. Depois de invadir a boate e matar as primeiras vítimas, o suspeito fez outros sobreviventes reféns e ficou no local por cerca de três horas, em negociação com a polícia.
Entenda o que já foi explicado até agora sobre o crime, que chocou os Estados Unidos e o mundo neste final de semana.
O atentado durou cerca de três horas, das duas às cinco da manhã e terminou depois que a polícia decidiu invadir o local e atirar contra o suspeito. Após horas de negociação sem sucesso, a decisão foi tomada e resultou na morte do atirador.
O atirador responsável pelo atentado foi identificado como Omar Mateen. O americano tem 29 anos e, 20 minutos antes do ataque, ligou para a polícia jurando fidelidade ao Estado Islâmico. Segundo as autoridades da Flórida, ele possuía licenças de armas de fogo, além de uma licença de agente de segurança. Mateen era cidadão americano e nascido em Nova York, mas tinha pais nascidos no Afeganistão.
Mateen já havia sido investigado pelo FBI anteriormente e estava sob o radar da agência de inteligência em razão de suas ligações com o Estado Islâmico. Apesar disso, nunca foram encontrados indícios de que ele planejava o ataque, segundo as autoridades. Mesmo que tenha sido alvo de investigações em outras duas oportunidades, não apresentou nada que fosse motivo para sua prisão.
Apesar de seguidor das ideologias religiosas radicais islâmicas, o homem pode não ter agido por motivações de religião. Segundo o pai de Mateen, Mir Seddique, ele sentia ódio pela comunidade LGBT e já havia mostrado, por diversas vezes, desprezo, desconforto e nervosismo ao ver demonstrações públicas de afeto entre homossexuais. O pai do atirador descartou a possibilidade do ataque estar ligado a motivos religiosos. Apesar disso, a polícia ainda trabalha com a hipótese nas investigações.
Para a realização do massacre, Omar Mateen utilizou uma pistola Glock, comprada há duas semanas. Além da pistola, ele estava equipado com um rifle AR-15 e muita munição. Para ir até a boate, Mateen utilizou uma van alugada, que foi inspecionada para a polícia na intenção de encontrar mais armas ou pistas sobre o crime.
O massacre acontece na boate Pulse, aberta em 2004, em Orlando. A boate focada no público gay foi aberta em homenagem ao irmão de Barbara Poma, dona do estabelecimento, que morreu de AIDS. A ideia da casa é ser, além de um clube de lazer, um local para discutir causas homossexuais e promover ações sociais na causa LGBT. Na noite do crime, a festa celebrava a cultura latina.