Ciência e Tecnologia

Enzima mutante criada acidentalmente pode solucionar problema da humanidade

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Um dos maiores problemas que nosso planeta enfrenta é a poluição. Basta andar pouco tempo pelas ruas para perceber o quão crítica é a situação. Mas sem dúvidas, um de nossos maiores problemas ainda abrange os lixões a céu aberto, que trazem graves consequências. Os materiais ali depositados levam centenas de anos para se decompor, o solo fica infértil, sem contar que tudo pode se tornar tóxico. Não seria bom se tivéssemos uma solução rápida para o problema? Bem, uma enzima criada recentemente pode ajudar.

Há dois anos atrás, cientistas se depararam com algo realmente incrível em um depósito de lixo japonês… Uma bactéria mutante que se alimentava de plástico. Então, se aproveitaram de seus “superpoderes” e acabaram criando acidentalmente uma enzima que é capaz de decompor o plástico PET (polietileno tereftalato) de forma ainda mais rápida e eficiente.

Enzima representa esperança para o futuro

Tal habilidade pode ser a chave para nos salvar de um desastre global no futuro. Talvez seja a resposta para acabar com milhões de toneladas de plástico que estão em nossas terras e oceanos há centenas de anos. De acordo com o diretor do Instituto de Biologia e Biomedicina da Universidade de Portsmouth, John McGeehan: “Poucos poderiam prever que, desde que os plásticos se tornaram populares na década de 1960, enormes manchas do material seriam encontradas flutuando nos oceanos, ou levadas para praias de todo o mundo“. Sim… Até mesmo a vida marinha fica ameaçada com tal situação.

Ele ainda acrescenta: “Todos podemos desempenhar um papel significativo ao lidar com o problema do plástico, mas a comunidade científica que acabou criando esses ‘materiais maravilhosos’ agora precisa usar toda a tecnologia à disposição para desenvolver soluções reais“. E tudo indica que estão no caminho certo. Caso consigam desenvolver a enzima em larga escala, podem encontrar uma forma de utilizá-la para resolver o problema.

O estudo

Foi enquanto os pesquisadores de Portsmouth e do Laboratório Nacional de Energia Renovável dos Estados Unidos estavam estudando a original bactéria japonesa, que acabaram melhorando a estrutura de sua enzima, acidentalmente. Felizmente, este foi um erro capaz de revolucionar a forma como enxergamos nosso futuro.

Ainda segundo o diretor McGeehan: “Embora a melhora seja modesta… Essa descoberta inesperada sugere que há espaço para melhorar ainda mais essas enzimas, aproximando-nos de uma solução de reciclagem para a montanha cada vez menor de plásticos descartados“.

Além do PET (polietileno tereftalato), a enzima também é capaz de digerir o PEF (furandicarboxilato de polietileno), que aparece cada vez mais presente como um substituto do PET. A tal enzima mutante leva apenas alguns dias para dar início ao processo de quebra do plástico. Enquanto isso, o processo natural levaria séculos para garantir os mesmos resultados.

Dessa forma, McGeehan conclui: “O que esperamos é usar essa enzima para transformar o plástico de volta em seus componentes originais, para que possamos literalmente reciclá-lo em plástico novo. Isso significa que não precisaremos mais explorar o petróleo e, fundamentalmente, poderemos reduzir a quantidade do material no meio ambiente”.

E então pessoal, o que acharam? Será que a enzima pode mesmo ser a solução para um futuro não tão distante? Compartilhem suas ideias com a gente aí pelos comentários!

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