História

Ernst Kaltenbrunner, o nazista que era temido até mesmo por outros nazistas

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Seis décadas depois da Segunda Guerra, um ou outro nazista enfrenta os tribunais. Em maio deste ano, por exemplo, a Justiça norte americana liberou a extradição de John Demjanjuk. Em suma, o homem é suspeito de envolvimento na morte de 29 mil judeus, no campo de concentração de Sobibor, durante a Segunda Guerra Mundial.

Basicamente, Demjanjuk, que vivia em Ohio, nos Estados Unidos, foi obrigado a voltar à Alemanha, onde seria julgado. Em suma, os julgamentos acontecem na cidade de Nuremberg.

Desde de 1945, 23 acusados foram julgados. Destes, 13 foram condenados à morte e enforcados (um deles se matou, antes de cumprir a pena), três foram condenados à prisão perpétua e quatro pegaram sentenças de reclusão,variando de 10 a 20 anos. Os outros três foram absolvidos.

Entre os condenados, estavam Martin Bormann, secretário de Hitler, Rudolf Hess, líder do partido nazista e amigo pessoal de Hitler, e Ernst Kaltenbrunner, chefe da polícia secreta e arquiteto da ‘solução final’ (massacre de judeus).

Embora Kaltenbrunner tenha ocupado o mais alto cargo no regime nazista, sua figura, desde o julgamento, vem sendo ignorada pela imprensa e pelo público. Por quê?

Como Ernst Kaltenbrunner se tornou nazista

Ernst Kaltenbrunner nasceu em Ried im Innkreis, um distrito da região alta da Áustria, em 4 de outubro de 1903. Seus pais eram nacionalistas ferrenhos e ele fez amizade com o futuro nazista, chamado “czar dos judeus”, Adolf Eichmann.

Quando sua família se mudou para Linz, outro município da Áustria, Kaltenbrunner frequentou o famoso State Realgymnasium. Aos 23 anos, formou-se em Direito. Como advogado, trabalhou em diferentes empresas. Após adquirir experiência, em 1928, Kaltenbrunner retornou a Linz e montou o próprio escritório.

Foi também em Lins, e exatamente na mesma época, que Kaltenbrunner ingressou no Partido Nazista. Quatro anos depois, Kaltenbrunner ingressou no Schutzstaffel (SS), a principal organização paramilitar do partido sob comando de Adolf Hitler. A partir daí, Kaltenbrunner subiu facilmente as escadas políticas do partido.

Mais tarde, Kaltenbrunner tornou-se führer do regimento 37 e, consequentemente, da divisão SS da VIII. Em 1934, durante o governo austríaco de Engelbert Dollfuss, Kaltenbrunner foi preso por conta de seu envolvimento com o partido nazista.

Durante o tempo em que esteve preso, sua poderosa influência aumentou. O nazista, então, organizou uma greve de fome. A resistência organizada por Kaltenbrunner forçou o governo austríaco a libertá-lo, juntamente com 490 outros prisioneiros social-nacionais.

Um ano depois, o oficial nazista foi preso novamente. Em seguida, não se sabe ao certo o motivo, mas as acusações foram retiradas. Em liberdade, Kaltenbrunner alcançou o status de Obergruppenführer (geral), na SS austríaca. Como forma de ataque, o governo austríaco retirou sua licença. O oficial nazista já não podia mais exercer sua profissão.

Temido por outros nazistas

Em 30 de janeiro de 1943, uma década depois de ingressar no partido nazista, Ernst Kaltenbrunner foi nomeado Chefe do Escritório Principal de Segurança do Reich (RSHA). A nomeação ocorreu depois que seu antecessor, Reinhard Heydrich, havia sido assassinado em Praga.

Sob o comando de Kaltenbrunner, o genocídio dos judeus aumentou. Além disso, na época de seu comando, Kaltenbrunner, por ter sido contra homossexuais, tentou convencer o Ministério da Justiça a castrar todos que se envolviam com pessoas do mesmo sexo.

Em suma, por meio dessas ações, Kaltenbrunner conquistou uma influência significativa dentro do partido. Do mesmo modo, que uma reputação implacável entre os nazistas. Muitos outros oficiais, que também recebiam ordens diretas de Hitler, temeram a presença de Kaltenbrunner.

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