Curiosidades

Espécies novas e estranhas são descobertas no abismo do oceano pacífico

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A imensidão dos oceanos abriga um número incontável de criaturas de todos os tipos. Além de fenômenos curiosos. Esse lugar tem chance de ser uma das partes mais inexploradas e, por isso, surpreendentes do planeta Terra. Sempre revelando segredos que ninguém imaginava antes.

Acredita-se que os oceanos tenham uma profundidade média de quatro mil metros. O que é um dos motivos de o ser humano ainda não conhecer todas as partes desse lugar. Além de serem comuns, as recorrentes descobertas de novas espécies de animais que habitam os oceanos.

Como essa, que foi feita por cientistas que descobriram quatro novas espécies e dois novos gêneros que vivem na paisagem profunda e abissal do oceano pacífico. A chamada Zona Clarion-Clipperton (CCZ) é uma zona de fratura recuada de 4,5 milhões de quilômetros quadrados do pacífico central.

Ela é considerada como uma área premiada no setor de mineração por conta da sua abundância de metais valiosos e minerais de terras raras, que ficam em nódulos polimetálicos ao longo do leito do mar.

Mas esses minerais antigos não são as únicas maravilhas dese lugar. Um novo estudo mostrou que os pesquisadores identificaram um número de criaturas desconhecidas pela ciência, até agora. Essas novas espécies estão vivendo em profundidades maiores que cinco quilômetros abaixo da superfície do oceano.

Descobertas

Essas espécies são conhecidas como xenofóforos, que é um clado de protozoários gigantes unicelulares que são pertencentes à classe foraminíferos. Eles são um dos tipos mais comuns de grandes formas de vida encontradas nas planícies abissais da CCZ. E por mais que elas tenham sido descritas desde o século XIX, não se sabe muito sobre elas. Uma grande parte disso é por conta da profundidade que eles vivem.

“Essas quatro novas espécies e dois novos gêneros aumentaram o número de xenofóforos descritos no abismo da CCZ para 17, 22% do total global deste grupo. Com muitos mais conhecidos, mas ainda não descritos. Esta parte do Oceano Pacífico é claramente um ponto importante da diversidade de xenófofos”, disse o ecologista marinho Andrew Gooday, do Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido.

Entre as descobertas, está o novo gênero Abyssalia, que recebeu esse nome por conta do abismo onde ele se esconde. Em uma expedição de 2018, a bordo do RV Kilo Moana, os pesquisadores descobriram duas espécies de AbyssaliaA. foliformis e A. sphaerica.

Eles têm conchas chamadas testes, que são compostas de pequenas partículas coladas. No caso da Abyssalia, as conchas são feitas de uma malha homogênea de espículas de esponja sem uma camada superior distinta. A A. sphaerica tem uma forma esférica que parece um dente-de-leão. Já a A.  foliformis tem uma forma mais plana, se parecendo com uma folha.

Fundo do mar

Um outro gênero identificado foi o Moanammina. Basicamente, ele teve seu nome dado por causa da Moana, que significa “oceano” em havaiano, maori e outras línguas polinésias. O Moanammina semicircularis tem um teste em forma de leque. Enquanto outra nova espécie chamada Psammina tenuis, que pertence ao gênero Psammina, tem um teste delicado, fino e em forma de placa.

Além desses, os pesquisadores também descobriram o que eles dizem ser um novo xenofóforo com uma forma esférica. Mas infelizmente, sua forma se desintegrou antes que um exame mais detalhado pudesse ser feito para confirmar a identidade.

“Nós os vemos em todos os lugares no fundo do mar em muitas formas e tamanhos diferentes. Eles claramente são membros muito importantes das comunidades biológicas ricas que vivem na CCZ”, disse o oceanógrafo Craig Smith, da Universidade do Havaí Mānoa. Que também é o principal cientista da Cruzeiro RV Kilo Moana.

“Entre outras coisas, eles fornecem microhabitats e potenciais fontes de alimento para outros organismos. Precisamos aprender muito mais sobre a ecologia desses protozoários estranhos se quisermos entender completamente como a mineração do fundo do mar pode impactar essas comunidades do fundo do mar”, concluiu.

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