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Esqueleto estranho descoberto pode ser o mamífero mais antigo descoberto no Hemisfério Sul

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Através das descobertas arqueológicas, vestígios de antigas sociedades, culturas e fósseis de animais são descobertos. Assim conseguimos compreender melhor como viveu determinado povo, quais eram seus hábitos e costumes. E até mesmo, o que levou ao seu fim. Diversos estudiosos dedicam suas vidas em busca de objetos, fósseis e detalhes do passado.

Os fósseis são provas de que os dinossauros e vários outros animais antigos existiram. Eles são encontrados e estudados há muito tempo. Na maioria das vezes são encontradas partes do corpo, como ossos e dentes, ou até mesmo pegadas que deixaram em diferentes lugares do mundo.

Ao longo dos anos, alguns dos fósseis encontrados parecem terem sido congelados no tempo, de tão bem preservados que estão. Por mais que a descoberta de fósseis seja uma coisa até que regular, não é todo dia que os cientistas descobrem uma espécie nova de mamífero. E muito menos uma criatura que tem suas origens ocultas e datadas do antigo supercontinente Gondwana.

Os pesquisadores mostraram, em novo estudo, os restos fossilizados de um novo gênero e espécie que foi descoberto em Madagascar. Ele foi chamado de Adalatherium hui, que significa “besta louca”.

Descoberta

O animal tem o tamanho de um gato e viveu em nosso planeta na era maastrichtiana do final do Cretáceo. Essa época é mais ou menos entre 72,1 e 66 milhões de anos atrás.

Por essa datação, esse animal é colocado no fim da era mesozoica. E os mamíferos mesozoicos do hemisfério sul, que são conhecidos como gondwanaterianos, são pouco compreendidos pela falta de restos identificáveis. E até esse achado, o grupo todo era conhecido apenas por um único crânio que também foi achado em Madagascar. E tinham também alguns restos dentários isolados.

Essa descoberta é tão importante e incrível por esse motivo. Ela deu aos pesquisadores um esqueleto extremamente bem preservado e quase completo. Além de ser o fóssil mais completo de um mamífero mesozoico de Gondwana a ser encontrado. E ele também pode ser o mamífero mais antigo já descoberto no hemisfério sul.

“Nunca poderíamos acreditar que encontraríamos um fóssil tão extraordinário deste mamífero misterioso. Este é o primeiro olhar real de um novo experimento na evolução de mamíferos”, disse um dos pesquisadores, o morfologista evolucionista Alistair Evans, da Monash University.

Fóssil

A. hui é um experimento por causa das circunstâncias incomuns e isoladas da sua evolução. O continente de Gondwana começou a se separar há aproximadamente 180 milhões de anos e tendo como resultado a Austrália, África, Antártica, Madagascar, América do Sul e Índia.

Nessa separação, Madagascar ficou apegado ao subcontinente indiano por mais de 90 milhões de anos. E há cerca de 88 milhões de anos ele se separou e se tornou a ilha que conhecemos.

E pegando o fato de que esse animal descoberto viveu na Terra 20 milhões de anos depois, isso significa que ele evoluiu no isolamento das ilhas por dezenas de milhões de anos. O que pode provocar algumas esquisitices evolutivas, se comparado aos animais do continente.

“Os ambientes insulares promovem trajetórias evolutivas entre mamíferos e outros vertebrados que contrastam com os dos continentes. E que resultam em diferenças anatômicas, fisiológicas e comportamentais demonstráveis”, escreveram os autores em seu estudo.

“Essas diferenças foram anteriormente atribuídas a regimes de seleção marcadamente distintos que envolvem fatores como recursos limitados, concorrência interespecífica reduzida e uma escassez de predadores e parasitas”, continuaram.

Animal

Esse fóssil foi descoberto, pela primeira vez, em 1999. E com a análise de 20 anos desses restos mortais, os pesquisadores têm certeza de que esse animal era uma criatura bem estranha.

“Sabendo o que sabemos sobre a anatomia esquelética de todos os mamíferos vivos e extintos, é difícil imaginar que um mamífero como o Adalatherium poderia ter evoluído. Ele distorce e quebra muitas regras”, disse o paleontólogo de vertebrados David Krause, do Museu de Natureza e Ciência de Denver, que ajudou a encontrar o esqueleto.

Uma dessas coisas estranhas é o osso primitivo da septomaxila na região do seu focinho. E que desapareceu 100 milhões de anos antes nos ancestrais dos mamíferos modernos. Ele também tinha mais aberturas em seu crânio do que qualquer mamífero conhecido.

Pode parecer que o mamífero tinha pouco desenvolvimento físico, mas ele era grande para os mamíferos da época. Além disso, com sua massa corporal sendo aproximadamente 3,1 quilos. Os ossos da perna dele eram curvados e os pesquisadores não têm muita certeza do porquê.

“A estranheza do animal é claramente aparente nos dentes. Eles são comparados ao contrário de todos os outros mamíferos e devem ter evoluído novamente a partir de um ancestral remoto”, explica Evans.

“O Adalatherium é apenas uma peça, mas uma peça importante, em um quebra-cabeça muito grande sobre a evolução inicial dos mamíferos no hemisfério sul. Infelizmente, a maioria das peças ainda está faltando”, concluiu Krause.

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