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Essa mulher dormiu com 32 anos e acordou com 15 anos, entenda

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A britânica Naomi Jacobs, de 42 anos, em 2008 acordou acreditando que tinha 15 anos de idade. Os médicos que cuidaram de Jacobs acreditaram que a mulher estava sofrendo de um tipo raro de amnesia, causada por estresse. A doença teria feito com ela perdesse temporariamente suas memórias de seus últimos 17 anos de vida.

Naomi chegou a escrever um livro contando um pouco de sua história que recebeu o título de Forgotten Girl (ou, ‘Menina Esquecida’ em tradução livre). Ela foi entrevistada pela BBC na época que sua história começou a estampar os principais veículos de comunicação mundo afora. Tanto no livro, quanto em sua entrevista, Jacobs relatou um pouco de como tudo aconteceu.

A mulher com o passar do tempo foi recuperando lentamente sua memoria, mas se lembra bem de como tudo começou. “Inicialmente, não reconheci o cômodo, o quarto onde eu tinha acordado, a cama onde eu tinha acordado. Saltei da cama em choque”, contou ela sobre seu primeiro dia de amnesia.

O susto

Outro fato que marcou bastante a britânica foi o fato de que sua voz estava diferente daquilo que ela estava acostumada aos 15 anos, uma vez que essa era a “única” lembrança que ela tinha de si mesmo. Esta foi a primeira coisa que notei. Primeiramente soava estranho, pois eu falava alto e minha voz estava mais grave e rouca. Pensei que ainda estava sonhando quando vi meu rosto no espelho do banheiro”, disse Jacobs.

Para ela, quando tinha acabado de acordar, a única lembrança presente era de que ela tinha ido dormir pensando em suas avaliações da escola, que estavam em iminência. No entanto, o que mais lhe deixou impressionada foi quando ela disse que um pequeno garotinho foi em sua direção gritando “mamãe, mamãe”.

“Fiquei totalmente chocada. Senti de tudo: de medo a alegria, ver esta criança que eu não lembrava ter dado à luz e saber que, sem dúvida, ele era meu filho, pois se parecia muito comigo, até o terror de ter responsabilidade por esta criança pequena”.

O tempo que se passou

Outro grande susto para Jacobs era de que as tecnologias haviam mudado bastante e para ela, a ideia de um smartphone, como os conhecemos, era insustentável. “A última vez que vi um telefone celular, era do tamanho de um tijolo, aquela coisa grande e cinza com a antena preta. Então: telefones celulares, televisões digitais pareciam saídas de um desenho animado, meus olhos estavam acostumados com as TVs analógicas. QR Codes, câmeras de segurança… Tudo era muito alienígena para mim”, afirmou a britânica.

No entanto, nem todas as informações no cérebro de Jacobs foram perdidas. Ela ainda se lembrava de coisas como dirigir e suas senhas de bancos recentes. Segundo ela, coisas que eram de constante repetição, como a senha de seus cartões, vinham em sua memória, mesmo que ela não soubesse de imediato do que se tratava.

As informações perdidas da memória da mulher eram, em sua grande maioria, referentes às coisas com que ela tinha algum tipo de conexão emocional, como casamentos, nascimento de seu filho e mortes. Na época que Jacobs sofreu a amnesia ela estava cursando uma graduação em Psicologia e precisou da ajuda de seus amigos e familiares para lidar com as demandas.

A recuperação

Segundo os médicos, os pacientes que passam por situações similares à vivida por Jacobs, normalmente, têm suas memórias recuperadas em questão de horas. Entretanto, ela precisou de meses para se recuperar completamente. Durante o período de recuperação, foi recomendado a ela o mínimo de esforço com a memória. Até mesmo a leitura de jornais foi desencorajada pelos profissionais.

“Nos primeiros meses eu tentava desesperadamente entender minha vida. Durante a noite que ficava acordada e chorava, desejando estar de volta à escola, aos tempos em que minhas únicas preocupações eram os meninos que eu gostava ou ser flagrada bebendo no parque”, afirmou a mulher.

Seus familiares e amigos foram peças chave para sua recuperação. Eles lhe atualizavam sobre as coisas que haviam acontecido no mundo dentre o período que sua mente se recusava a lhe dar informações, como os ataques contra as torres gêmeas de 2001, nos EUA, e as mudanças politico sociais no Reino Unido.

A britânica então passou a escrever um diário e a partir disso ela foi recobrando sua personalidade, compreendendo o relacionamento com seu filho e até mesmo começou a questionar algumas de suas próprias decisões. “Com o passar do tempo, flashes de memória voltaram – apenas por alguns segundos, mas estavam lá. As memórias mais recentes voltaram primeiro, então vieram as mais velhas, até minha memória completa voltar”.

Apesar de todos os problemas gerados pela condição, Jacobs ainda consegue ver algo de positivo em tudo o que lhe aconteceu. “Viver tudo de novo através dos meus olhos de 15 anos me deu uma nova perspectiva, e me permitiu fazer mudanças, melhorar minha qualidade de vida, para ter certeza de que isso não vai acontecer de novo”.

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