Ciência e Tecnologia

Essas minúsculas partículas nos salvaram de uma destruição total

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De acordo com um recente estudo, ondas do espaço-tempo recentemente descobertas, chamadas ondas gravitacionais, podem conter evidências que provam a teoria de que a vida sobreviveu ao Big Bang por causa de uma transição de fase, que permitiu que as partículas de neutrinos reorganizassem a matéria e a antimatéria.

De acordo com a teoria da cosmologia moderna do Big Bang, foi criada igual quantidade de de matéria e antimatéria. Se esse equilíbrio tivesse permanecido, a matéria e a antimatéria, ao se encontrarem, teriam iniciado um processo de aniquilação.

E é nossa existência que concretiza essa teoria.

A teoria

Para evitar o processo de aniquilação, o Universo, ao que parece, deve ter transformado uma pequena quantidade de antimatéria em matéria, criando, assim, um desequilíbrio. O que não se sabe é quando esse desequilíbrio foi criado. Isso porque conseguimos olhar para o passado do universo, até aproximadamente um milhão de anos após seu surgimento.

Essas informações sustentam a teoria de que houve uma fase de transição, durante a qual partículas de neutrino remodelaram matéria e antimatéria. Como matéria e antimatéria têm cargas elétricas opostas, elas não podem se transformar, a menos que sejam neutras.

Os neutrinos são as únicas partículas elétricas de matéria neutra que conhecemos. Portanto, são os candidatos mais fortes a fazer esse trabalho. Para que os neutrinos pudessem fazer esse trabalho, cientistas, agora, sustentam a teoria de que o universo passou por uma fase de transição.

Para entender melhor, é preciso lembrar que o comportamento da matéria muda em temperaturas críticas. É o que ocorre quando um determinado metal, por exemplo, é resfriado a tal ponto, que perde por completo sua resistência elétrica. Assim, ele se torna um supercondutor.

Como supercondutor, a transição do universo pode ter criado um tubo muito fino de campos magnéticos, as quais conhecemos como cordas cósmicas.

Passado

As cordas cósmicas causam pequenas oscilações no espaço-tempo, quando tentam se simplificar. Em suma, essas ondas permitem que os cientistas olhem mais para trás no tempo.

Segundo o estudo, isso é possível porque o universo é “transparente” para a gravidade. Assim, por exemplo, os pesquisadores poderiam olhar para um período no qual o universo era um trilhão de vezes mais quente do que, por exemplo, a região mais quente atualmente.

Ao voltar nesse período escaldante do universo, os pesquisadores observaram que os neutrinos podem ter se comportado da maneira necessária para a sobrevivência. De acordo com os envolvidos no estudo, os neutrinos devem ter deixado uma trilha detectável de ondulações gravitacionais. Portanto, futuras análises permitirão os cientistas descobrirem se foi isso que, de fato, ocorreu.

Mesmo que ainda tenham que trilhar novos caminhos, os autores do estudo confiam fielmente na teoria, afinal, as ondas gravitacionais de cordas cósmicas têm um espectro bem diferente de outras fontes como a fusão de buracos negros. O estudo foi conduzido por uma equipe formada por pesquisadores do Japão, Estados Unidos e Canadá.

Quem sabe, finalmente, a atuação de mais um elemento que permitiu nossa existência seja comprovada. Estaremos de olho.

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