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Esses são os efeitos no cérebro quando uma pessoa usa LSD

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Nós já escrevemos algumas matérias sobre drogas para vocês aqui na Fatos Desconhecidos, como as 10 drogas mais perigosas do mundo10 imagens brutais que mostram o antes e depois de pessoas que pararam de usar drogas, e hoje não será diferente, vamos falar como são os efeitos do LSD no cérebro de uma pessoa.

Pesquisadores analisaram a atividade cerebral de pessoas que usaram LSD, e a pesquisa revelou a intensidade dramática de como essas drogas lisérgicas afetam as funções normais do cérebro, além de aumentar o risco de terapias para problemas psicológicos de efeito similar.

Um novo estudo divulgado na Proceeding of the National Academy of Sciences, com uma equipe liderada por Robin Carhart-Harris, do Imperial College London, mostrou como o LSD pode afetar as atividades normais do cérebro, acentuando o poder de algumas regiões do nosso cérebro e reduzindo a função de outras. Além de auxiliar em estudos da consciência, as novas descobertas poderão ajudar a aumentar o interesse no uso de drogas lisérgicas para terapias e modelização de doenças.

O LSD foi sintetizado por Albert Hoffman ainda em 1938, e desde aquele tempo, poucos estudos foram feitos sobre os efeitos das drogas lisérgicas no cérebro humano. As pesquisas sobre o assunto acabara no fim da década de 60, depois da droga ser criminalizada.

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Na pesquisa feita, foram recrutados 20 voluntários, todos eles saudáveis e que já tinham tido ao menos uma experiência com LSD. Os especialistas usaram diferentes tipos de técnicas de imagem, incluindo a ressonância magnética funcional e magnetoencefalografia. Cada voluntário tomou 75 microgramas de LSD ou um placebo que consistia em uma solução de sal. Os voluntários ficaram sob o efeito do LSD dentro de escâneres de cérebro e com os olhos fechados, as máquinas gravavam a ação oculta do ácido nos cérebros deles. Depois disso, cada voluntário avaliou as alucinações visuais e o estado de alteração do consciência.

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Os especialistas ficaram impressionados com a forma como o LSD afeta o córtex visual primário, a parte do cérebro que nos ajuda a processar o ambiente onde estamos e nos ajuda em tarefas básicas, como identificar contrastes, cores, linhas e em nossa orientação espacial.

Geralmente a maioria da comunicação neural dentro do córtex visual é limitada e restrita à sua rede em forma de teia, porém, quando uma pessoa usa LSD, a área se expande seu poder e escopo, produzindo alucinações, ou viagens, bem reais. Os usuários geralmente descrevem ter visto coisas como formas geométricas rastejantes, cores radiantes e objetos que parecem ondular ou respirar.

“Sob a influência do LSD, a rede dentro do córtex visual vive uma surpreendente comunicação de expansão”, afirmou Carhart-Harris. “Ela se torna muito mais restrita e limitada ao sistema visual, resultando em uma maior contribuição de processamento visual do cérebro e experiência visual.”

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Outra grande conclusão tem relação com o fenômeno de dissolução do ego ou, como alguns usuários de LSD se referem, a “morte do ego”. A maioria das pessoas tem como padrão um senso constante e imutável de nós mesmos, e ele nos da propósito de direção, além de permitir que nos vejamos com distinção comparados aos outros. Sob efeito de ácido, essas associações são enfraquecidas, o senso comum de auto-percepção é quebrado e para muitas pessoas isso é traduzido em um sentimento de conectividade universal, o que faz com que alguns usuários descreva suas experiências com ácido como algo transcendente ou religioso.

Carhart-Harris afirmou o seguinte: “A psicodelia é um lembrete de que a nossa auto-percepção é precária. Sob efeito da droga, a consciência ainda está intacta — mas nos falta este senso de percepção, um senso de ter um ego.”

A explicação de Carhart-Harris tem relação com uma rede particular em nosso cérebro que é responsável por nosso auto-conhecimento, um giro para-hipocampal e o córtex restroplenial. Quando está com LSD, essa rede sofre baixa na conectividade, gerando um senso desintegrado de si próprio. “Quanto maior este efeito, mais nossos participantes descreveram a experiência de dissolução do ego”. Sendo assim, o LSD exerce uma grande influência no nosso cérebro. O especialista disse que a análise dos efeitos tem relação com a forma como a droga afeta as transmissões sinápticas dentro da nossa cabeça. O LSD imita a serotonina e “engana” o sistema da serotonina de maneiras interessantes.

Quando o LSD se liga ou gruda em um receptor específico de serotonina, ela muda a forma do receptor, e isso leva a alguns efeitos drásticos, como alucinações e alteração nos estados de consciência. A flexibilidade de consciência começa a ser modulada pelo LSD, que é feita por meio do receptor. Carhart-Harris explica o seguinte: “Isso nos diz que há algo especial e algo importante sobre estes receptores de serotonina 2A e como eles modulam a consciência.”

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As pessoas que usaram o LSD também tiveram algumas mudanças emocionais e de comportamento. Sob o efeito da droga, alguns usuários tendem a pensar de forma hiper-associativas, elas misturaram estímulos e se tornaram mais abertas a serem influenciadas. A transição do humor extático ao pânico total pode ocorrer muito rápido.

O especialista diz que muitas dessas características são provenientes de distúrbios psicológicos. “Este estudo não nos mostra apenas o que o LSD faz, mas a natureza das funções normais do cérebro”, afirma o especialista, que ainda declara o seguinte: “Você precisa desses sistemas intactos para ter um juízo no qual podemos confiar.”

Os efeitos da droga lembram muito distúrbios psicológicos, incluindo estágios iniciais de psicose, esquizofrenia e depressão. Nesses casos, existe algum tipo de inflexibilidade no cérebro. Carhart-Harris tem esperanças que algumas drogas possam ser usadas para fazer uma espécie de “reinicialização” do cérebro como uma forma de acabar com essa inflexibilidade. Porém, ele admite que isso deve levar um tempo, pois ainda está nos primeiros estágios do estudo.

E aí, caros leitores, vocês já imaginavam como é o efeito do LSD no cérebro humano? Comentem!

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