Curiosidades

Estrutura extragaláctica foi encontrada atrás da Via Láctea

0

O nosso universo é extremamente gigante, indo além do que podemos imaginar. O universo é composto por galáxias, tendo nelas planetas, estrelas, cometas e vários outros elementos. A Via Láctea é uma das galáxias que compõem essa imensidão do espaço. Trata-se de uma espiral, da qual o sistema solar faz parte.

Ela sempre é objeto de estudos dos astrônomos, por isso, sempre alguma nova descoberta é feita. Por exemplo, agora os astrônomos detectaram uma enorme estrutura extragaláctica escondida em uma região desconhecida do espaço, muito além do centro da Via Láctea.

Essa região fantasma é conhecida como zona de evitação e é um ponto em branco no mapa do universo. Ela ocupa entre 10 e 20% do céu noturno. E o motivo de os pesquisadores não conseguirem vê-la, pelo menos com os telescópios de luz visível padrão, é porque o centro abaulado da Via Láctea bloqueia a visão. Isso acontece porque o centro da galáxia é bastante denso com estrelas, poeira e outras matérias. Por conta disso a luz dessa zona se espalha ou é absorvida antes de chegar aos telescópios da Terra.

Descoberta

Live Science

Contudo, os astrônomos tiveram mais sorte com os telescópios que detectam radiação infravermelha, que é um tipo de energia invisível aos olhos humanos, mas poderosa o suficiente para brilhar através de densas nuvens de gás e poeira.

Com essa visão da zona de evitação, os pesquisadores encontraram evidências de milhares de galáxias individuais brilhando através da névoa cósmica. No entanto, ainda se sabe pouco a respeito dessas estruturas que se escondem nela.

Agora, os pesquisadores combinaram dados de várias dessas pesquisas de infravermelho para ter como resultado a estrutura mais colossal já detectada na zona de evitação.

Essa estrutura está a cerca de três bilhões de anos-luz do nosso planeta. Ela parece ser um grande aglomerado de galáxias reunidas por um centro de gravidade compartilhado. Através de observações feitas pelo VVV Survey, os pesquisadores conseguiram observar evidências de pelo menos 58 galáxias agrupadas em um pequeno lote da zona de evitação.

Esses aglomerados de galáxias são os maiores objetos ligados gravitacionalmente no universo. E os maiores que se conhece têm centenas de milhares de galáxias agrupadas. Mesmo que a descoberta tenha sido feita, é impossível determinar quão largo ou maciço esse aglomerado é, justamente por causa das distâncias e das várias obstruções entre ele e a Terra.

Porém, somente ter conseguido detectar esse objeto mostra que essa zona pode não ser tão inescrutável quanto se pensava. E estudos futuros com infravermelho devem ajudar os astrônomos a desvendarem os segredos dessa zona da Via Láctea.

Via Láctea

ESO

Como dito, os estudos sobre a nossa galáxia não param. Uma prova disso foi que, em junho desse ano, a sonda Gaia, parte do programa espacial da Agência Espacial Europeia, entregou um mapa da Via Láctea.

Nesse sentido, o terceiro envio de dados permitiu rastrear terremotos que ocorrem nas estrelas. Além disso, através dessa sonda, foi possível ter acesso ao DNA das estrelas. A missão Gaia vai perdurar até 2025.

Desde o início, as expectativas já eram altas para as descobertas da sonda da Agência Espacial Europeia. Sendo assim, entre 2014 e 2017, ela analisou cerca de 2 bilhões de estrelas. A princípio, esse número pode parecer grande, mas ainda é apenas 1% de todo catálogo estrelar da Via Láctea.

Ainda assim, a análise conseguiu trazer informações importantes sobre esses astros. Agora, possuímos acesso a mais dados sobre as composições das estrelas, além de suas idades, temperaturas, cores e massa. Além disso, a sonda também calculou o quão veloz esses corpos celestes se afastam ou se aproximam da Terra.

Dessa forma, com esses dados adicionais, fica viável de se estudar até mesmo os terremotos estrelares. Isso porque, através da Gaia, é possível de se compreender o que ocorre dentro desses astros. Logo, os cientistas conseguem entender melhor como se dão os tsunamis nas superfícies das estrelas.

Segundo explica Conny Aerts, da belga Universidade KU Leven, a sonda Gaia permite inúmeros avanços nos estudos das estruturas sísmicas desses corpos celestes. “Starquakes nos ensinam muito sobre estrelas, especialmente sobre seu funcionamento interno. Gaia é uma mina de ouro para a asterosismologia de estrelas de grande massa”, disse ela.

Portanto, através de fenômenos de forte impacto como estes, os cientistas entendem como essas estruturas brilhantes evoluíram ao longo do tempo. Como resultado disso, passamos a ter indícios também da origem da Via Láctea como um todo.

Fonte: Live Science, BBC

Imagens: Live Science, ESO

As vacas que produzem leite alucinógeno

Artigo anterior

Conheça as gêmeas siamesas influencers com mais de 3 milhões de seguidores

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido