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Estudo aponta as idades em que nos sentimos mais felizes

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Uma revisão de estudos publicada na revista Psychological Bulletin em 7 de setembro indica que pode existir uma idade para ser feliz. Ou melhor dizendo, existem faixas etárias em que as pessoas geralmente experimentam maior felicidade.

Este estudo investigou as tendências no bem-estar ao longo da vida, analisando 443 estudos longitudinais que incluíram mais de 460 mil participantes.

Susanne Bücker, professora de psicologia da Escola Superior de Esportes da Alemanha e líder da pesquisa, explica: “Nosso foco estava nas mudanças em três componentes principais do bem-estar subjetivo: satisfação com a vida, estados emocionais positivos e estados emocionais negativos”.

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Os resultados indicaram que a satisfação com a vida tende a diminuir entre as idades de 9 e 16 anos, possivelmente relacionada às mudanças físicas e sociais que ocorrem durante a puberdade.

A partir da fase jovem adulta, essa satisfação aumenta ligeiramente, atingindo um pico por volta dos 70 anos e, em seguida, começa a diminuir novamente, permanecendo assim até os 96 anos.

Os pesquisadores observaram maiores flutuações nos estados emocionais positivos e negativos em comparação com a satisfação com a vida.

Enquanto a satisfação com a vida aumenta dos 16 aos 70 anos, os estados emocionais positivos diminuem dos 9 aos 94 anos.

Por outro lado, os estados emocionais negativos flutuam um pouco entre os 9 e 22 anos, diminuindo até os 60 anos e, depois, aumentando novamente.

Idade para ser feliz

Bücker observa que o estudo apontou uma tendência positiva ao longo de um amplo período de vida quando se trata de satisfação com a vida e estados emocionais negativos.

Os pesquisadores também destacam que, da infância até o final da idade adulta, os sentimentos positivos tendem a diminuir. Na velhice, todos os aspectos do bem-estar geralmente pioram.

Bücker sugere que isso pode estar relacionado ao declínio do desempenho físico em pessoas muito idosas, deterioração da saúde e a diminuição dos contatos sociais, muitas vezes devido à perda de parceiros.

As descobertas deste estudo podem orientar programas de intervenção no futuro. Os autores do estudo afirmam que “intervenções destinadas a manter ou melhorar o bem-estar em idosos podem ser úteis”.

É possível ser feliz a vida toda?

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Ser feliz ao longo de toda a vida é uma aspiração comum. No entanto, é importante entender que a felicidade é um estado emocional complexo e variável. Por isso, ele pode ser influenciado por uma série de fatores pessoais e externos.

As pessoas experimentam momentos de felicidade, mas também momentos de tristeza, estresse e outras emoções. É natural que a felicidade tenha altos e baixos.

Além disso, a personalidade, as experiências de vida, a saúde mental e física, as relações interpessoais e outros fatores individuais desempenham um papel importante na felicidade.

Algumas pessoas podem ser mais predispostas a experienciar felicidade duradoura do que outras.

Enquanto isso, eventos e circunstâncias externas, como relacionamentos, carreira, saúde e situação financeira, podem influenciar significativamente a felicidade de uma pessoa. No entanto, esses fatores podem mudar ao longo da vida.

E, claro, mesmo com uma idade para ser feliz com maior satisfação, é possível se adaptar ao longo da vida, de modo que as conquistas sejam mais significativas.

A maneira como escolhemos viver e nossas atitudes em relação às adversidades desempenham um papel fundamental na felicidade.

A busca de significado, o cultivo de relacionamentos saudáveis e a prática de gratidão são algumas das estratégias que podem contribuir para a felicidade a longo prazo.

 

Fonte: Globo

Imagens: Freepik, Freepik

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