Ciência e Tecnologia

Estudo aponta que existem pelo menos 4 tipos de envelhecimento

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Como cada um de nós possui um organismo único, já era esperado que crescêssemos e envelhecêssemos de forma diferente. Não é como se o envelhecimento fosse igual para todo mundo, embora todos nós vamos envelhecer um dia. É natural que, com o passar dos anos, cada corpo e organismo mude a sua própria maneira. E isso com diferentes níveis de eficiência, para cada órgão. E graças a novos estudos, a ciência pode estar cada vez mais próxima de uma explicação para isso.

Um estudo publicado recentemente na revista científica Nature Medicine categorizou quatro categorias para o envelhecimento humano. Essa pesquisa poderá ajudar os médicos e cientistas a personalizarem os tratamentos e recomendações de estilos de vida para cada paciente. Nessa pesquisa, os cientistas analisaram dados multiômicos, ou seja, genoma, proteoma, transcritoma, epigenoma e outras “omas” dos estudos biológicos. No total, foram 106 voluntários com idades, entre 29 e 75 anos, que forneceram os dados para análise do envelhecimento.

O estudo

Foram quase dois anos, coletando amostras dos voluntários. Essas que incluíam sangue, substâncias inflamatórias, micróbios, material genético, proteínas e subprodutos de processos metabólicos. Por fim, os pesquisadores optaram por focar apenas em 43 pessoas.

Ao notarem como o material coletado desse grupo tinha mudado com o passar do tempo, a equipe pode identificar aproximadamente 600 marcadores de envelhecimento. Esses indicadores que permitiram a previsão da capacidade funcional de um tecido. Ou seja, que demonstraram a “idade biológica” de cada parte do corpo.

Com esses dados, os pesquisadores identificaram quatro tipos distintos de envelhecimento. São eles: imunológico, renal, hepático e metabólico. A equipe notou, por exemplo, que os voluntário que apresentaram o envelhecimento imunológico apresentaram mais indicadores de inflamações com o passar dos anos. Enquanto isso, os que tinham envelhecimento metabólico acumulavam mais açúcar no sangue.

Envelhecimento

No entanto, apesar de alguns voluntários analisados se encaixarem completamente me uma dessas quatro categorias, outras podem se identificar com todas elas. Mas apesar do estudo ter apresentando apenas quatro categorias, os pesquisadores não descartam a possibilidade de haver outras classificações além dessas.

“Se analisássemos mil pessoas, tenho certeza que encontraríamos outros marcadores de envelhecimento cardíaco e essa categoria seria melhor definida”, disse Michael Snyder, coautor do estudo. Ele que é professor de genética na Escola de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Mas ainda assim, alguns dos marcadores detalhados nessa pesquisa ainda não foram completamente compreendidos. Eles descobriram, por exemplo, que as concentrações de diversos micróbios podem mudar com o tempo, mas ainda não ficou claro como isso pode afetar a saúde.

Snyder ainda pontou que já houve outros estudos que buscavam marcadores de envelhecimento baseados em dados das grandes populações comparado informações de pessoas jovens com pessoas idosas. Mas segundo ele, esse tipo de abordagem leva em consideração apenas um momento específico no tempo. E não necessariamente mostra como uma pessoa pode mudar com o passar dos anos. “Decisões baseadas em populações são, no mínimo, brutas”, disse ele.

Agora, Snyder e seus colegas continuarão acompanhado os voluntários da pesquisa para verificar eventuais mudanças nos tipos de envelhecimento de cada um deles. Eles ainda planejam elaborar um teste simples para os médicos usarem para identificar, rapidamente a categoria de cada paciente.

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