Ciência e Tecnologia

Estudo assustador diz quando o gelo do Ártico chegará ao fim

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Recentemente, um estudo trouxe dados assustadores e afirmou quando o gelo do Ártico chegará ao fim. Segundo o trabalho publicado na revista ‘Geophysical Research Letters’, nas próximas décadas, o Polo Norte experimentará seu primeiro verão sem gelo antes de 2050.

Para pesquisadores e especialistas no assunto, esse número é extremamente inquietante, uma vez que é baseado no caminho que estamos seguindo. Além disso, também parece como quase certo para todos os modelos climáticos, incluindo aqueles que consideram reduções rápidas nas emissões de dióxido de carbono.

Um Polo Norte sem gelo antes de 2050

O estudo leva em consideração os dados dos ‘Caminhos Socioeconômicos Compartilhados’ (SSPs, em inglês) e do ‘Projeto de Intercomparação com Modelo Acoplado’ (CMIP, em inglês). Desse modo, a pesquisa prevê como o clima na Terra pode mudar conforme políticas climáticas são adotadas. Além disso, também é levado em conta como as emissões de gases do efeito estufa estão sendo gerenciadas.

Ao todo, estima-se que o mundo ainda tenha um orçamento de carbono de cerca de 1.000 gigatoneladas de dióxido de carbono. Isso significa que esse é o limite máximo para nossas emissões futuras, se quisermos evitar um aumento de 2 ° C nas temperaturas globais em comparação aos níveis pré-industriais. No entanto, depois de analisar mais de 40 modelos climáticos diferentes, os autores do estudo descobriram que o Ártico pode ficar sem gelo no verão, mesmo se nos mantivermos dentro do orçamento.

Das 128 simulações que previram o nível de carbono, 101 apresentam um Ártico quase sem gelo antes de 2050. Desse modo, os níveis de gelo no mar do Ártico poderão cair para menos de 1 milhão de quilômetros quadrados. “Se reduzirmos as emissões globais rápida e substancialmente e, assim, mantivermos o aquecimento global abaixo de 2 ° C em relação aos níveis pré-industriais, o gelo do Ártico provavelmente desaparecerá ocasionalmente no verão antes de 2050. Isso realmente nos surpreendeu”, disse Dirk Notz, que lidera o grupo de pesquisa sobre gelo marinho na Universidade de Hamburgo, Alemanha.

Mesmo se reduzirmos as emissões de carbono, ainda não haverá gelo

Hoje, o Polo Norte é coberto por gelo durante todo o ano. Contudo, todo ano no verão, a área de cobertura do gelo some. Em seguida, ela cresce novamente no inverno. Nesse processo, por conta das consequências do aquecimento global, a área coberta por gelo foi rapidamente reduzida. Sendo assim, o mais surpreendente é que foi resultado de um processo que levou apenas algumas décadas. Assim, isso afeta diretamente o ecossistema e o clima do Ártico.

Se as emissões forem reduzidas rapidamente, os anos sem gelo acontecerão apenas ocasionalmente. Porém, com emissões mais altas, o Oceano Ártico não terá gelo na maioria dos anos. Portanto, os humanos ainda têm um forte impacto na frequência com que o Ártico perde sua cobertura de gelo. Também vale lembrar que o dióxido de carbono não é o único fator em jogo. Além dele, o derretimento do gelo e o gás metano contribuirão significativamente para o aquecimento do planeta.

Embora o estudo aponte para um caminho inevitável, ele também reforça a importância de preservação. Por mais que pareça um destino impossível de ser alterado, muita coisa ainda pode ser melhorada. Portanto, esse é o momento de agir. Afinal, essas são consequências que não levaram muito tempo para serem percebidas.

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