Ciência e Tecnologia

Estudo diz que o corpo humano não cria resistência a Covid-19

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Recentemente, um estudo publicado pelo jornal The New York Times levantou a possibilidade de que o corpo humano não é capaz de criar resistência contra a Covid-19. Assim, de acordo com a pesquisa, com apenas três meses após o contágio, os anticorpos desenvolvidos por uma pessoa que contraiu o vírus não seriam mais eficientes.

Ainda segundo o estudo, esse efeito seria ainda mais evidente em casos menos graves. Desse modo, a diferença do SARS-CoV-2 e outros vírus está no fato de que, uma vez tendo contraído a doença, a pessoa cria uma espécie de “barreira de proteção”. No entanto, essa imunidade poderia ser apenas temporária.

A imunidade adquirida por pessoas infectadas poderia durar 3 meses

Segundo os pesquisadores do estudo publicado na revista Nature Medicine, “esses dados indicam os riscos do uso de ‘passaportes de imunidade’ da Covid-19”. Além de também, “a necessidade de apoiar o prolongamento de intervenções em saúde pública”, continua o estudo. O que inclui “distanciamento social, higiene, isolamento de grupos de alto risco e testes em massa”, afirma.

Em muitos lugares do mundo, pessoas que receberam o passaporte de imunidade estão podem voltar a atividades normais. Contudo, mesmo que imunes, elas ainda podem carregar o vírus em roupas e outros objetos. Por isso, o cuidado ainda permanece. De toda forma, ainda não há dados que efetivamente mostrem que uma segunda infecção não é possível.

De acordo com o pesquisador Daniel Dourado, do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário da Universidade de São Paulo (Cepedisa/USP), há, de fato, uma reação criada pelo corpo humano. Entretanto, isso ainda não elimina a possibilidade de uma segunda invasão do vírus.

Nesse sentido, vale ressaltar que a pesquisa funciona muito mais em um lugar de questionar o que sabemos, do que efetivamente trazer certezas sobre o funcionamento do vírus. Isso porque, a pesquisa teve apenas 74 pacientes analisados. O que, para uma pesquisa na área, é consideravelmente baixo. Portanto, para que os resultados tenham uma maior relevância estatística, será necessário abordar um maior quantitativo de pacientes.

Será necessário estudar um maior número de pacientes para confirmar a teoria

Para reforçar a ideia levantada pelo estudo, os pesquisadores tiveram estudos anteriores como base. “Estudos anteriores demonstraram que os anticorpos do SARS-CoV ou MERS-CoV duram pelo menos 1 ano”. Contudo, os níveis sustentados de IgG foram mantidos por mais de 2 anos após a infecção por SARS-CoV. As respostas de anticorpos em indivíduos com infecção por MERS-CoV confirmada em laboratório duraram pelo menos 34 meses após o surto”, afirma o estudo. No caso do vírus SARS-CoV-2, os anticorpos começam a diminuir dentro de dois a três meses após a infecção. Isso levando em consideração casos de pacientes assintomáticos e que demonstraram sintomas leves da doença.

Em um outro estudo, pesquisadores afirmaram que a imunidade o novo coronavírus poderia durar apenas seis meses. O estudo foi realizado pela Universidade de Amsterdã, na Holanda. Entretanto, o estudo se encontra em fase de preprint. Ou seja, ainda não foi revisado por especialistas. “Como a imunidade protetora pode ser perdida seis meses após a infecção, a perspectiva de atingir a imunidade funcional de rebanho por infecção natural parece muito improvável”, afirma o estudo.

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