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Estudo explica o motivo pelo qual animais fêmeas vivem mais do que os machos

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Acreditamos, popularmente, que a mulher vive mais do que o homem. Isso porque, se olharmos por cima, podemos encontrar mais mulheres viúvas do que homens. A sabedoria popular diz que o motivo disso são os riscos corridos pelos machos da sociedade. Os homens costumam ter empregos mais perigosos, bebem e fumam com mais frequência e quase nunca procuram ajuda médica. Ainda assim, muitas pessoas se questionam o real motivo disso. Não apenas entre os seres humanos, mas entre as espécies animais, os machos costumam viver menos do que as fêmeas. Esse assunto vem sendo discutido há muito tempo.

Um estudo recente esclareceu muitas coisas a respeito disso. Esse foi conduzido pela Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália. O mesmo sugere que, na verdade, as fêmeas vivem mais do que os machos porque o cromossomo Y é incapaz de proteger o cromossomo X a longo prazo. Na pesquisa, publicada na revista Biology Letters, os pesquisadores da Escola de Ciências Biológicas, da Terra e do Ambiente da Universidade de Nova Gales do Sul, analisaram a literatura acadêmica disponível. Eles buscaram mais detalhes a respeito de cromossomos sexuais e o tempo de vida.

Tentaram então estabelecer se existia um padrão de um sexo sobrevivendo mais do que o outro em todo o reino animal. A intenção era testar, especificamente, a hipótese do “X desprotegido”. Isso sugere que o cromossomo Y em sexos heterogaméticos (aqueles com cromossomo XY (masculinos) em vez de cromossomos sexuais XX (femininos) é menos capaz de proteger o indivíduo, contra demais genes nocivos expressos no cromossomo X.

O estudo sobre a vivência dos machos e das fêmeas

A teoria diz que, como o cromossomo Y é menor que o X, ele não pode substituir quando carrega mutações especiais. Isso pode expor o indivíduo a sérios problemas de saúde. Esse risco, no entanto, não existe em cromossomos homogaméticos (XX). Isso é quando um cromossomo X saudável pode substituir facilmente o outro X que possui genes deletérios. Sendo assim, a vida útil do organismo aumenta.

“Analisamos os dados da vida útil não apenas de primatas. Mas, de outros mamífero, aves, répteis, peixes, anfíbios, aracnídeos, baratas, gafanhotos, besouros, borboletas e mariposas. Descobrimos que, em toda essa ampla gama de espécies, os machos morrem mais cedo. A média é 17,6% mais cedo”, disse Zoe Xirocostas, autora do artigo e aluna de doutorado. A autora disse ainda que estudos futuros desse fenômeno devem testar outras coisas. Uma delas é a hipótese de que a diferença, na vida útil entre os sexos, é proporcional à diferença no comprimento dos cromossomos de cada um. Isso poderia nos ajudar a compreender melhor os fatores que afetam o envelhecimento.

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