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Estudo mostra que essa espécie fofa pode estar indo bem com a mudança climática

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O impacto, ocasionado pelo aquecimento global, não é novidade para ninguém. Podemos observar a mudança climática em todos os lugares da Terra. Tal impacto na atualidade fez com que várias nações assumissem o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Essa mudança climática afeta todos os seres vivos do planeta. Por exemplo, o pika americano é considerado, tradicionalmente, um canário na mina de carvão.

Esse animal constrói sua casa no alto das regiões montanhosas mais frias do oeste da América do Norte. E esses animais podem superaquecer em altas temperaturas. O que faz com que eles sejam super sensíveis às mudanças climáticas. Pelo menos era isso que se acreditava.

Entretanto uma nova análise da literatura feita pelo  conservacionista Andrew T. Smith diz totalmente o contrário disso. Na realidade, o pika está indo muito bem considerando as circunstâncias.

“Esses resultados mostram que os pikas são capazes de tolerar um conjunto mais amplo de condições de habitat do que se entendia anteriormente”, explicou Smith.

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Os pikas americanos são criaturas pequenas e territoriais, parecidos com coelhos. Eles passam seus dias comendo ervas e cardos e guardando comida para o inverno. Além de gritar para os predadores e “cantar” para seus potenciais parceiros sexuais.

Esses animais vivem nas montanhas do oeste da América do Norte. Indo da Colúmbia Britânica e Alberta, no Canadá, até o Novo México e a Califórnia.

A paisagem em que vivem é cheia de pedras e pedregulhos. E eles fazem seus ninhos embaixo das rochas porque elas os mantêm frescos e protegidos de predadores como os falcões e raposas.

Os cientistas acreditam que os pikas movem seus ninhos montanha acima para que eles fiquem sempre climatizados de acordo com o que eles precisam.

“Grande parte da narrativa sobre os pikas e as mudanças climáticas foi baseada em estudos de uma parte restrita e marginal de sua distribuição geográfica. Mas, como as respostas dos pikas ao ambiente podem variar muito em sua ampla área geográfica, deve-se tomar cuidado ao generalizar de uma região para outra”, explicou Smith em seu artigo.

Descoberta

Ele mostra uma pesquisa bem ampla, feita em 2018. Nela, foram feitos 3.250 registros de locais de pika ocupados, esvaziados recentemente ou há muito tempo vazios. Os registros foram feitos em 40 cadeias de montanhas e depois analisados.

“O grande número de locais existentes, extirpados e de sinais antigos em toda a Grande Bacia, documentados por Millar e sua equipe, permitiu uma avaliação robusta de como as características climáticas podem ter afetado a ocupação do pika. Embora houvesse diferenças nos valores climáticos em seis sub-regiões da Grande Bacia, para todos os locais existentes o modelo expandiu a gama de valores de temperatura e precipitação em comparação com a maioria das outras regiões em toda a gama das espécies”, disse.

No entanto, essa revisão feita por Smith mostra a importância de entender como uma espécie se movimenta em toda a sua extensão antes que se tire conclusões.

Claro que isso não significa que a mudança climática não seja um problema grande. Mas é bom saber que esse pequeno pika americano pode ter mais chances de sobreviver do que se imaginava.

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