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Estudo revela sinais de um sexto sentido, entenda

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Sentimentos são aquilo que faz as pessoas serem capazes de assimilar conforme vão vivendo situações da vida. Como por exemplo o medo, que é uma reação que nos informa que talvez determinada coisa que iríamos fazer, pode representar um risco para nós mesmos. Um outro exemplo é a empatia que é se dar conta do sentimento do outro.

Os sentimentos são vários e são processados pelo sistema límbico, que é a parte do cérebro responsável por processar os sentimentos e emoções. E dentre essa gama de emoções algumas pessoas são ainda mais especiais e podem ter a capacidade inconsciente de sentir o campo magnético da Terra, isso segundo um novo estudo publicado na revista eNeuro.

A pesquisa perdeu a popularidade depois de anos de experiência empolgantes, mas que se tornaram inconclusivas. Agora esse estudo foi reavivado com fortes evidências que os seres humanos podem ter um senso magnético enterrado em seus cérebros.

Algumas criaturas, como rãs e lagostas, conseguem sentir o campo magnético da Terra e outros animais dependem dele para sua navegação, como é o caso de borboletas e tartarugas marinhas.
Quem decidiu reestudar o assunto foi geocientista Joseph Kirschvink do Caltech e o neurocientista Shin Shimojo, mas dessa vez, com um estudo bem sofisticado. Para o experimento, eles usaram 34 voluntários adultos que se sentaram no escuro total em uma gaiola Faraday, um tipo de gaiola de seis lados feita de alumínio. Tinham também bobinas quadradas que alinhavam a câmara permitindo que a equipe pudesse controlar o fluxo de corrente elétrica e criasse um campo magnético. Os participantes que estavam dentro da gaiola sentaram em uma cadeira de madeira com 64 eletrodos presos ao couro cabeludo para monitorar a atividade das ondas cerebrais.

Experimento

O experimento durou uma hora e foram várias experiências de sete minutos com um campo magnético girando mais de 100 milissegundos a cada dois ou três segundos. E uma condição de controle sem campo magnético foi misturada no teste também.

Quando as pessoas saíram da câmara escura, nenhuma delas conseguiu saber quando ocorreu o controle ou a condição do campo magnético. Mas os cérebros de quatro participantes revelaram algo diferente. Essas quatro pessoas tiveram uma queda nas ondas alfa, algumas das quais diminuíram pela metade do se tamanho típico. Isso quer dizer que um estímulo externo foi processado pelo cérebro dessas pessoas.

“Eles tiveram as respostas mais fortes, mas algo mais como 30% de nossos participantes mostram o mesmo padrão. O padrão-ouro é, claro, os resultados agrupados em todos os indivíduos testados; isso produziu resultados extraordinariamente sólidos ”, disse Kirschvink.

“Há, na verdade, grande variabilidade na acuidade de todos os sentidos humanos conhecidos, incluindo a capacidade de distinguir entre o sabor do vinho de diferentes regiões da França. Além disso, o efeito da onda alfa é apenas uma medida da resposta do cérebro, e algumas pessoas têm ondas alfa de amplitude muito baixa. Isso não significa que não tenham o sentido magnético, apenas que não temos os meios para detectá-lo no momento, se o fizerem”, continuou.

A resposta dos cérebros dos participantes só foram vistas quando o campo estava inclinado para baixo em cerca de 60 graus, girando horizontalmente como acontece nas latitudes médias do hemisfério norte. As pessoas não responderam aos campos magnéticos que são considerados “não naturais”.

“Isso faz sentido, na verdade, porque essas anomalias magnéticas não são incomuns, geradas por relâmpagos remagnetizando rochas locais, ou depósitos de magnetita que alteram o campo em áreas razoavelmente grandes. Se um animal está se movendo através dessas áreas, eles não devem prestar atenção ao campo, isso lhes daria a informação errada”, disse Kirschvink.

Hipótese

Depois de algumas semanas, a equipe testou os quatro participantes de novo para verificar os resultados e descobriu que eles são verdadeiros. “O que eles mostram é muito empolgante e parece robusto”, disse Stuart Gilder, geofísico da Universidade Ludwig Maximilian, em Munique, na Alemanha.

Uma hipótese popular para essa ocorrência “é um magnetômetro biológico baseado em um pigmento fotográfico no olho, a ‘bússola quântica’ que se acredita ser baseada em um pigmento sensível ao azul chamado criptocromo”, disse Kirschvink.

“Finalmente, e mais simplesmente, pode haver células sensoriais especializadas que contêm minúsculos cristais de magnetita. Essa é a única teoria que explica todos os resultados, e para os quais há dados fisiológicos diretos em animais”, concluiu.

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