Aparentemente, segundo os cálculos realizados por astrônomos, nosso Sistema Solar está no meio de um evento espacial turbulento: um “furacão” de matéria escura com um fluxo de velocidade de cerca de 500 quilômetros por segundo. E isso poderia nos ajudar a obter mas dados a respeito da matéria escura.
Em um estudo liderado pelo físico Ciaran O’Hare, da Universidade de Saragoça, na Espanha, e que foi publicado na revista Physical Review D., o físico e equipe dão mais detalhes sobre o evento astronômico e suas consequências para nosso entendimento sobre a tal matéria escura que eles tanto falam.
O furacão e a matéria escura
A matéria escura é um grande enigma na verdade. Não sabemos exatamente do que se trata, e mesmo nunca a detectando de forma direta, sabemos que ela está la fora, em algum lugar. Isso se justiça com base nos movimentos das estrelas e galáxias, que são rápidas demais para a quantidade de massa observável.
Ou seja, há algo que está criando a gravidade necessária para que esses movimentos cósmicos aconteçam. Inclusive, tais movimentos poderiam ajudar os cientistas a calcularem essa tal massa invisível, enquanto os cientistas trabalham para conseguir detectá-la diretamente.
Dados coletados no ano passado pelo satélite Gaia, informaram aos astrônomos que um grupo de estrelas chamado S1 foi formado devido a absorção de uma galáxia anã pela Via Láctea, há muitos anos. As forças gravitacionais repartem galáxias menores, deixando um fluxo elíptico de estrelas, matéria escura e outros destroços.
A massa do S1 é comparável com a massa da galáxia anã da constelação Fornax, portanto, os cientistas acreditam que esse fluxo de estrelas estaria relacionado com o halo de matéria escura. Os pesquisadores espanhóis analisaram o efeito do S1 sobre nosso cantinho da galáxia e buscaram as possíveis assinaturas que pudessem ajudar a localizar e a examinar a matéria escura.
Foi calculado então a probabilidade de se detectar as hipotéticas partículas de matéria escura, também conhecidas como WIMPs, com o auxílio de detectores de luz. No entanto, eles concluíram que era pouco provável que tais detectores pudessem registrar as alterações. De acordo com o que foi publicado no periódico, os detectores mais sensíveis são os de áxions, que são outras partículas hipotéticas que poderiam ser a matéria escura.
“Os haloscópios Áxion possuem, de longe, a maior sensibilidade potencial ao fluxo de S1, se seu componente de matéria escura estiver suficientemente frio. Uma vez que a massa áxion tenha sido descoberta, a distinta distribuição de velocidade de S1 pode ser facilmente extraída do espectro de potência do eixo”, escreveram os pesquisadores no artigo.
Então pessoal, o que acharam da matéria? Deixem nos comentários a sua opinião e não esqueçam de compartilhar com os amigos.
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