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Experiência confirma uma teoria de 50 anos que diz como uma civilização alienígena pode explorar um buraco negro

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Desde muito tempo, somos condicionados pelos filmes a acreditar que talvez exista a possibilidade de haver vida inteligente, em outro lugar no universo. Muitas pessoas são fascinadas por essa possibilidade e dedicam suas vidas, para achar vida fora da Terra.

Temos que concordar que não são todas as pessoas que acreditam que, de fato, possa existir vida em outros planetas. Mas diferentemente desse tipo de pensamento, a ciência e a física vêm nos revelando, que a probabilidade de existir vida lá fora é realmente muito alta.

E uma equipe de pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, fez um experimento que confirmou uma teoria de 50 anos. O fato por si só já é um grande feito. Mas fica ainda mais interessante quando vemos que a teoria que foi confirmada foi sobre a especulação de como uma civilização alienígena avançada poderia gerar energia a partir da exploração de um buraco negro.

Teoria

O físico britânico Roger Penrose sugeriu, em 1969, que seria possível explorar um buraco negro para gerar energia. Para isso acontecer alguém teria que colocar um objeto dentro da ergosfera, que é a região perto do horizonte de eventos de um buraco negro em rotação.

Quando estivesse nesse lugar, o objeto provavelmente adquiriria uma energia negativa. E quando ele fosse jogado na região, ele seria forçado a se dividir em dois. E uma metade seria engolida e a outra, recuperada. A energia do objeto engolido estaria perdida. Mas a metade que seria recuperada teria energia em dobro retirada da rotação do buraco negro.

Essa teoria parece estar certa. Esse processo tem como resultado uma ligeira diminuição na quantidade de movimento angular do buraco negro. E isso corresponde a uma transferência de energia.

Mas o esforço de engenharia que seria preciso para que alguém pudesse, de fato, fazer isso já é outra coisa. Por esse motivo que Penrose supôs que apenas uma civilização muito avançada, que talvez fossem alienígenas, pudessem conseguir fazer isso.

Ideia

Depois de dois anos da teoria proposta, o físico russo Jakov Seldovich propôs um experimento capaz de provar a teoria de forma prática. Ou seja, mostrar que a transferência de energia é realmente possível, mesmo que nós nunca cheguemos tão perto de um buraco negro.

O físico pensou que as ondas de luz torcidas, quando atingissem a superfície de um cilindro de metal em rotação a uma determinada velocidade, seriam refletidas com energia extra. Energia essa que seria extraída da rotação do cilindro por conta de uma peculiaridade do Efeito Doppler.

Mas para que a experiência funcionasse o cilindro precisava gira a, pelo menos, um bilhão de vezes por segundo. E para a tecnologia da época isso era um grande desafio.

Novo estudo

Depois de 50 anos, a equipe de Glasgow consegui demonstras a teoria de forma experimental. Mas eles usaram ondas de som ao invés de luz. Porque o som é uma fonte de frequência bem menor, e isso o faz mais prático.

Os pesquisadores construíram um sistema de pequenas caixas de som que criaram uma torção nas ondas de som. Essas ondas torcidas são direcionadas a um absorvedor de som rotativo, em formato de um disco de espuma. Um conjunto de microfones atrás desse disco capta o som conforme ele vai passando. Isso aumenta constantemente a velocidade da rotação.

E se a teoria de Penrose e Seldovich estivesse certa, os cientistas teriam observado uma alteração na frequência e amplitude das ondas de som na medida que elas viajassem pelo disco, que seria causada pelo Efeito Doppler. E foi exatamente isso que aconteceu.

“O Efeito Doppler rotacional é semelhante, mas limitado a um espaço circular. As ondas sonoras distorcidas mudam de tom quando medidas do ponto de vista da superfície rotativa. Se a superfície gira rápido o suficiente, a frequência do som pode fazer algo muito estranho, pode ir de uma frequência positiva para uma negativa e, ao fazê-lo, rouba energia da rotação”, explicou Marion Cromb, estudante de doutorado da Universidade de Glasgow e principal autora do artigo.

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