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Filhote de cachorro, preservado no Permafrost, comeu um pedaço de um dos últimos rinocerontes lanudos do planeta

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Quando morremos, pouco importa se você foi um rei, um guerreiro, um monarca, um dinossauro ou um simples cidadão comum. O destino geralmente costuma ser o mesmo, debaixo da terra. Mas às vezes, dependendo da forma como você morreu, você pode parar em um museu para o simples prazer dos turistas ou ser motivo de estudo.

Esse cachorrinho, pouco antes de morrer durante a última era glacial, comeu um pedaço de carne de um dos últimos rinocerontes lanudos da Terra. Essa descoberta foi feita pelos pesquisadores enquanto eles faziam uma autópsia no animal nos restos mumificados do filhote datado da era do gelo.

Depois que eles encontraram um pedaço de pele, que não tinha sido digerido, com pelo amarelo no estômago do filhote, eles primeiro pensaram que o animal tinha comido um pedaço de carne de leão das cavernas.

Mas depois de uma análise de DNA, os pesquisadores viram que não era um leão das cavernas, mas sim, um rinoceronte lanudo. Esse animal foi extinto há aproximadamente 14 mil anos, que foi justamente a época em que esse filhote se alimentou pela última vez.

Filhote

Segundo Edana Lord, estudante de doutorado no Centro de Paleogenética da Suécia, isso quer dizer que esse cachorro comeu um dos últimos rinocerontes lanudos que existiram no nosso planeta. Ela também é co-autora de um estudo publicado a respeito da extinção dos rinocerontes lanudos.

O filhote de cachorro mumificado foi descoberto em Tumat, região rural no nordeste da Sibéria, em 2011. De acordo com o revelado por análises, o filhote provavelmente tinha entre três e nove meses quando morreu. O que não ficou claro era se o filhote era de um  cachorro ou um lobo.

“Eu acho que isso cai em torno do ponto crítico para a domesticação do cão / lobo”, disse ela.

A datação feita por radiocarbono mostrou que o filhote viveu há cerca de 14 mil anos. Além do filhote os pesquisadores também usaram a datação por radiocarbono no pelo do rinoceronte. Eles fizeram isso para descartar a possibilidade de que o rinoceronte não tivesse morrido antes e sido preservado pelo permafrost da Sibéria.

É possível “que este cachorro pode ter pertencido a uma matilha de necrófagos e que os lobos ou derrubaram o rinoceronte, ou estavam procurando comida e encontraram uma carcaça de rinoceronte”, ressaltou Lord.

Se o filhote era domesticado é possível que ele vivesse junto com os humanos que podem ter compartilhado o rinoceronte com o animal. E logo depois que o cachorro comeu o rinoceronte ele morreu. Mas ninguém sabe como.

Entretanto os pesquisadores descartaram uma possibilidade. “Não parece que foi esmagado antes de ser preservado como uma múmia no permafrost frio”, disse Lord.

Mesmo que o cachorro tenha jantado o rinoceronte, não foram eles a causa da extinção desses animais. O culpado dessa extinção foi o  rápido aquecimento do clima que aconteceu no final da última era do gelo.

Rinoceronte

As análises de DNA dos rinocerontes revelaram que eles tinham mutações genéticas que os ajudavam a se adaptarem ao frio. Uma delas fez com que os animais fossem peludos e menos sensíveis à sensação de frio. “O que significa que eles teriam sido capazes de sobreviver melhor no frio mais extremo”, explica.

“Por causa dessas adaptações genômicas ao clima ártico eles provavelmente não foram bem adaptados para lidar com o aquecimento do clima”, ressalta.

Além disso, os rinocerontes estavam acostumados a andar em um tipo de pastagem. E o clima quente mudou seu ambiente completamente para uma habitat arborizado que não dava o alimento dos rinocerontes.

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