Curiosidades

Físico afirma que o universo pode ser um cérebro gigante

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De acordo com estudos antigos e observações, o universo é tudo o que existe fisicamente, a soma do espaço e do tempo e, é claro, as diversas formas de matéria. Sempre foi acreditado que o universo é, na verdade, infinito. Que um corpo pode viajar pela eternidade no espaço e assim nunca encontrará uma borda. No entanto, há quem discorde totalmente disso.

O fato é que o universo não é uma mistura de material espacial sem estrutura. Mas ainda não se sabe como ele é montado. O que é sabido é que tudo está conectado por uma grande rede filamentar. E se tende a observar que as galáxias são distribuídas nele, de uma forma um tanto quanto aleatória.

Mas como o universo e tudo que o circunda sempre foram um tópico de muita curiosidade, os cientistas não param de fazer descobertas a respeito disso. Elas podem ser totalmente contraditórias ao que se sabia antes, podem reforçar ideias, ou até mesmo fazer com que ideais, já descartadas, sejam reconsideradas.

Durante vários anos, diversos cientistas consideraram que o nosso universo era plano. Depois de um tempo, eles acharam que, na verdade, vivíamos dentro de uma esfera gigante e fechada.

Nova visão

Mas uma nova visão de Vitaly Vanchurin, professor de física da Universidade de Minnesota Duluth, tenta reformular a realidade de uma maneira bastante reveladora. Ele sugere que estamos vivendo dentro de uma rede neural enorme que governa tudo ao seu redor. Colocando em outras palavras, ele escreveu em seu artigo que é uma “possibilidade de que todo o universo em seu nível mais fundamental seja uma rede neural”.

A ideia começou com o professor querendo entender melhor como funciona o aprendizado profundo. Então ele escreveu um artigo chamado “Rumo a uma teoria do aprendizado de máquina”. Inicialmente, Vanchurin queria aplicar os métodos da mecânica estatística para estudar o comportamento das redes neurais. Mas ele descobriu que, em certos limites, a dinâmica de aprendizagem das redes neurais é bem parecida com a dinâmica quântica que é vista na física.

Então, ele decidiu explorar a ideia de que o mundo físico é na verdade uma rede neural. “A ideia é definitivamente maluca, mas e se for maluca o suficiente para ser verdade? Isso ainda está para ser visto”, explicou.

Por vários anos os físicos tentaram reconciliar a mecânica quântica e a relatividade geral. A mecânica quântica diz que o tempo é universal e absoluto. Já a relatividade geral diz que o tempo é relativo e vinculado à estrutura do espaço-tempo.

Universo

No artigo de Vanchurin, ele diz que as redes neurais artificiais podem “exibir comportamentos aproximados” das duas teorias universais. Isso porque a mecânica quântica “é um paradigma de sucesso notável para modelar fenômenos físicos em uma ampla gama de escalas. Acredita-se amplamente que no nível mais fundamental todo o universo é governado pelas regras da mecânica quântica e até mesmo a gravidade deveria de alguma forma emergir disso”, escreveu.

“Não estamos apenas dizendo que as redes neurais artificiais podem ser úteis para analisar sistemas físicos ou para descobrir leis físicas, estamos dizendo que é assim que o mundo ao nosso redor realmente funciona. A esse respeito, pode ser considerada uma proposta para a teoria de tudo e, como tal, deve ser fácil provar que está errado”, levanta a discussão em seu artigo.

O conceito proposto por Vanchurin é tão ousado que a maior parte dos físicos e especialistas em aprendizado de máquina se recusaram a comentar sobre essa possibilidade. Eles foram céticos com relação às conclusões que o artigo chegou.

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