Ciência e Tecnologia

Harvard vai começar a procurar alienígenas

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Em um novo projeto realizado pela Universidade Harvard e pelas Instituições Smithsonian e Universidade de Rochester, uma equipe de astrônomos vai começar a procurar alienígenas no espaço. Ou pelo menos, irá começar a examinar os céus em busca de assinaturas tecnológicas de civilizações alienígenas.

Para se ter uma ideia, esse é o primeiro projeto a receber uma concessão da NASA para pesquisas específicas da SETI (“Search for Extra-Terrestrial Intelligente”, em inglês), em mais de 30 anos. Assim, SETI possui como objetivo buscar vida inteligente no espaço e dessa vez, irá tentar fazer isso por meio de uma abordagem diferente.

O objetivo será detectar assinaturas de atividade tecnológica

Pela primeira vez na história, a busca por vida inteligente será feita com um projeto que não irá buscar sinais de rádio. Ao invés disso, o projeto irá buscar por “tecno-assinaturas”. Desse modo, serão apenas analisados planetas cuja atmosfera possam indicar atividade tecnológica. Portanto, os pesquisadores estão em busca de poluição industrial, luzes de cidades, reflexo de painéis solares, megaestruturas e até satélites.

De acordo com os pesquisadores, a vida alienígena pode se desenvolver nas mais diversas formas. “As assinaturas tecnológicas se referem a assinaturas de tecnologias alienígenas avançadas semelhantes ou talvez mais sofisticadas do que as que possuímos”, afirma Avi Loeb, presidente do departamento de astronomia da Universidade de Harvard.

Uma vez que a vida pode assumir várias formas, os princípios científicos acabam se tornando universais. Dessa forma, as tecno-assinaturas que podem se identificadas aqui na Terra, por exemplo, também serão identificáveis em outros planetas, seja dentro ou fora dos Sistema Solar.

Até o momento, um dos maiores empecilhos para esse tipo de projeto estava na questão: onde procurar? Assim, essa era uma pergunta que os cientistas não sabiam como responder com precisão. “A busca por inteligência extraterrestre sempre enfrentou o desafio de descobrir onde procurar”, afirma Adam Frank, professor de física e astronomia da Universidade de Rochester. Porém, a descoberta de um número cada vez maior de exoplanetas que são potencialmente habitáveis deixou a tarefa um pouco mais fácil. No entanto, ainda há muito a ser estudado e explorado. “Para quais estrelas você aponta seu telescópio e procura sinais?”, completa o professor.

Podemos não estar sozinhos no universo

Ainda segundo Frank, “agora sabemos onde procurar”. Isso porque, “temos milhares de exoplanetas incluindo planetas na zona habitável onde a vida pode se formar. O jogo mudou”, completa o professor. Em alguns casos, gases poluentes podem indicar a presença de vida inteligente. Com isso, para Loeb, uma civilização diferente mostraria “sinais detectáveis de moléculas produzidas artificialmente”. Em outras palavras, estamos falando de gases que são lançados na própria atmosfera do planeta.

Segundo Avi Loeb, poderemos finalmente responder às questões que sempre nos perguntamos. “Minha esperança é que, usando esta verba, poderemos quantificar novas maneiras de investigar sinais de civilizações tecnológicas alienígenas que são semelhantes ou muito mais avançadas que a nossa”, afirma Loeb. “A questão fundamental que estamos tentando responder é: estamos sozinhos? Mas eu acrescentaria: se estamos sozinhos agora, estávamos sozinhos no passado?”, completa o professor.

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