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Homem vai até parada gay para distribuir ”abraços de pai”

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São nos pequenos detalhes em que a humanidade realmente se faz presente. O professor Scott Dittman, de 44 anos, não se considera um aliado da causa LGBT. Contudo, acabou se tornando amigo de dezenas de pessoas da comunidade. Isso porque ele foi convidado para ir na Parada LGBT da segunda maior cidade do estado americano da Pensilvânia. “E eu apenas disse, ‘bem, eu vou’, e tratei de comprar uma camiseta escrita ‘gratuitos abraços de pai'”, disse o professor ao BuzzFeed News. “Eu apenas pensei que isso colocaria um sorriso no rosto das pessoas”. No entanto, ele não esperava que esse “simples” ato de distribuir abraços de pai fosse causar uma verdadeira revolução interna sobre os seus paradigmas.

A pessoa que o convidou é sua cara amiga Denna, integrante da Free Mom Hugs (“Abraços de Mãe Grátis”). Esta é uma organização que oferece auxílio financeiro e emocional para jovens que foram expulsos de casa por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

Fazer o bem e receber gratidão como retorno

O que ele realmente não esperava era o tamanho do efeito que isso teria. Não apenas para os participantes do Pittsburgh Pride, mas em si mesmo. “Eu me virei e ela [Denna] está parada na minha frente com lágrimas nos olhos”, disse Dittman. “Ela simplesmente jogou os braços em volta de mim e apenas me agradeceu repetidas vezes”.

Entre abraços e afetos, diversas pessoas vieram conversar com Dittman a respeito do que vivenciaram sendo LGBTs. Um dos homens mencionara a sua própria história, reiterando o abandono que sofreu por seus pais ao ser obrigado a sair de casa. “Ele acabou chorando. Foi uma honra estar envolvido nisso, mas foi terrível ao mesmo tempo”, relata Dittman.

A emoção tomou conta do momento na medida em que as narrativas foram sendo contadas. O atencioso pai disse que havia todos os tipos de abraços naquele dia: felizes, frustrados, chorosos e empolgados. “Você poderia dizer que eles não tiveram algo tão simples como um abraço de seu pai em muito tempo”, disse ele. “Isso partiu meu coração”.

Relatando a sua experiência

Quando Dittman voltara para casa, não conseguia esquecer o fato de que muitas das pessoas que ele abraçou, estavam carregando tanta dor. Foi quando decidiu registrar a sua experiência no Facebook. “Imagine isso, pais. Imagine que seu filho se sente tão perdido de você que eles afundam nos braços de um completo estranho e soluçam interminavelmente só porque aquele estranho está vestindo uma camisa oferecendo abraços de um pai”, publicou. “Pense nas profundezas de suas dores. Tente imaginar o quão profundos esses cortes devem ser”.

Logo após a publicação na rede social, Dittman recebeu mais de 1.500 mensagens de pessoas desconhecidas. A maioria delas constituía em duas grandes categorias: LGBTs frustrados com a rejeição dos parentes e os próprios pais. “Eu estabeleci contato com muitos pais que estão chorando há dias, dizendo que são as pessoas que expulsaram seus filhos de casa. Por isso, eles contataram seus filhos com quem não conversavam há anos”, relata.

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