O Brasil ainda se prepara para se despedir do seu grande ídolo, e acompanhou o enterro de Pelé, que aconteceu na última terça-feira, dia 3, na cidade de Santos. Existiam muitas teorias sobre como seria a ocorrência, e houve algumas mudanças de planos.
Inicialmente, a cerimônia aconteceria no nono andar do cemitério vertical Memorial Necrópole Ecumênica, responsável pelo cortejo e todos os tributos para o enterro do Rei do Futebol.
No entanto, a pedido da família, a administração concordou em alterar o enterro de Pelé para o primeiro andar, construindo um mausoléu exclusivo para o jogador. Essa informação foi confirmada pela assessoria do Memorial.
Além disso, também negou que seria usado um caixão de ouro, embora a decoração do local tenha tons dourados, para representar a homenagem.
Isso porque a ideia é transformar o local em um ambiente de homenagens e visitas para fãs, torcedores e pessoas que acompanharam a carreira do Rei do Futebol. Além disso, terá visitas abertas ao público alguns dias após a realização da cerimônia oficial.
Mudança de andar
Inicialmente, a ideia dos familiares era que o enterro de Pelé acontecesse no nono andar do Memorial, em um jazigo próximo do pai, João Ramos do Nascimento, Dondinho. Seu irmão Jair Arantes do Nascimento, o Zoca, também está na mesma área.
No entanto, questões logísticas fizeram com que a família concordasse com a mudança. Além de facilitar a visita de familiares e fãs, o local poderia fornecer um mausoléu apropriado para receber o Rei, com um monumento funerário grandioso, que resguarda figuras públicas relevantes.
Dessa forma, o enterro ocorreu como planejamento posteriormente, no primeiro andar do Memorial. Ele foi fechado para familiares e convidados, mas será aberto ao público nos próximos dias, com horários pré-determinados.
Essa também será uma forma de organizar o espaço de homenagens para os fãs, facilitando a entrada e a visita de todos que desejarem prestigiar o Rei do Futebol uma última vez na cidade que marcou o início da sua carreira.
O enterro de Pelé foi reservado para poucas pessoas, embora milhares acompanhassem pelas transmissões o último adeus para o homem que revolucionou a história do futebol nacional.
Além disso, também descansará na cidade que morou por muitos anos, onde seus familiares, como sua mãe, ainda residem.
Enterro de Pelé em cemitério especial
A escolha do cemitério onde ocorreu o enterro de Pelé foi feita pelo próprio jogador ainda em vida. Isso porque ele tinha uma relação próxima com o antigo dono, o empresário argentino Pepe Altstut, que era seu amigo pessoal.
Em entrevista na época, o jogador disse que o local transmitia paz espiritual e tranquilidade. Por isso o escolheu para ser sepultado, para que as pessoas não se sentissem deprimidas quando fossem visitá-lo. Ele queria que fosse um local especial, e o Memorial Ecumênica atende a esses requisitos. Nas palavras do Rei, “Sequer parece com um cemitério”, disse.
Ainda vale lembrar que outros membros da família também estão no mesmo espaço, e era seu desejo permanecer em Santos, próximo deles. Mesmo com a logística modificada, ainda está perto de seus entes queridos e na cidade que amava.
O sepultamento foi reservado apenas para familiares e alguns convidados mais próximos. No entanto, muitas pessoas prestigiaram o cortejo pelas ruas de Santos. Inclusive, ele passou pelo Canal 6, onde mora a mãe de Pelé, dona Celeste, que comemorou 100 anos ao lado do filho.
Além disso, o cemitério Memorial existe há mais de 20 anos, e está no Guiness Book. Isso porque ele recebeu o título de primeiro e mais alto cemitério do mundo. Sua área total é 40 mil m², com 90% da área reserva nativa e preservada de Mata Atlântica.
Fonte: O Tempo
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