Mundo afora

Imagens liberadas mostram visita bem diferente de mulher à Ilha Sentinela do Norte

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A tribo dos Sentinelas é hoje considerada uma das únicas tribos que ainda vivem completamente isoladas do mundo externo. No entanto, esse completo fechamento para o mundo exterior não é algo que sempre existiu. Eles viveram isolados por muitos anos, milhares, no entanto houve uma abertura para o contato com pessoas da nossa civilização.

No entanto, esse contato levou à morte de milhares de Sentineleses. Por quê? Por doenças levadas por nós. Como eles nunca tiveram contato com as doenças e vírus que nós carregamos, eles eram também mais vulneráveis para eles. Por isso, esse contato foi um dos grandes motivos para as mortes generalizadas.

Não é de se estranhar que, após o ocorrido, o povo Sentinela se isolou ainda mais. Eles entenderam que o contato com outras pessoas poderia os colocar em grande perigo e isso fez com que eles se tornassem violentos a qualquer tentativa de contato.

Ilhas Andaman e os Sentinelas

As ilhas Andaman fazem parte do arquipélago Baía de Bengala e é onde moram os povos andamaneses. Dentro do arquipélago, estão incluídas algumas ilhas, entre elas a Ilha Sentinela do Norte, onde habitam os sentineleses. O que muitos não sabem é que uma mulher não apenas entrou em contato com o povo Andaman, como passou um período estudando os costumes desses povos.

A antropóloga Madhumala Chattopadhyay entrou em contato com a tribo em 1991. Mas não pense que foi tudo tão simples quanto parece. Afinal, os Andaman sempre viveram isolados e a pesquisadora não sabia como eles reagiriam a este primeiro contato. Mas Madhumala tinha uma estratégia, ela usou cocos para mostrar que haviam vindo em paz.

O primeiro contato com a tribo

Em um barco, estava Madhumala e mais alguns pesquisadores. Eles lançaram cocos na água e não forçaram nenhuma aproximação. As pessoas da tribo aceitaram os cocos e os colheram da água. No dia seguinte, os pesquisadores retornaram com mais cocos, mas dessa vez a resposta foi diferente. Os sentinelas foram até o barco pegar os cocos e dessa forma a pesquisadora conseguiu estabelecer o primeiro contato.

Os pesquisadores acreditam que o sucesso desse primeiro contato foi graças a presença de uma mulher. O único ato de hostilidade, em que um dos homens da tribo se preparou para disparar uma flecha, foi evitado por uma outra mulher da tribo. Ela empurrou o homem para que ele errasse o alvo. A presença de Madhumala seria um sinal de que os estrangeiros não eram um sinal de ameaça.

“Amigo, vem aqui”

E não pense que esse foi o único contato de Madhumala com a tribo. Pouco tempo depois, ela voltou com uma outra expedição, e dessa vez a mulher ficou aguardando no barco por alguma reação, para não assustá-los. Quando as mulheres da tribo perceberam que era Madhumala, começaram a gritar “Milale chera” algo que se traduzido era como “amigo, vem aqui”.

A pesquisadora então se aproximou e abraçou uma das mulheres da tribo, um sinal que foi interpretado de forma positiva por eles. A partir disso, Madhumala se aproximou ainda mais da tribo, ela era a única que tinha autorização para entrar nas cabanas da tribo e para comer de sua comida. Além disso, a mulher se tornou uma espécie de médica, pois os ajudou a tratar de seus ferimentos. Após um tempo, os pesquisadores foram embora pois temiam que suas doenças pudessem causar uma epidemia na tribo. Uma decisão muito sensata, já que foi isso o que ocorreu com uma tribo vizinha e tornou o isolamento ainda mais severo.

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